O indicador, que considera apenas os primeiros dez dias do mês, foi divulgado pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do RS (Conseleite) nesta terça-feira (21).
Segundo o coordenador do Conseleite, Eugênio Zanetti, a projeção reflete o momento de entressafra do leite no Sul do Brasil e a elevação de custos de produção no campo e na indústria, principalmente por causa de aumentos de itens como óleo diesel, frete, embalagens e milho utilizado na ração do gado.
“Os preços tiveram uma reposição necessária para garantir a rentabilidade da atividade leiteira”, disse Zanetti. O momento, acrescentou, é de estreitar o diálogo com o governo para tentar encontrar um ponto de equilíbrio.
Nos últimos meses, o setor lácteo gaúcho vem enfrentando perda de competitividade com o impacto tributário do novo Fator de Ajuste de Fruição (FAF), já que Santa Catarina e Paraná não têm esse aumento de carga tributária e ainda possuem fábricas de embalagens acartonadas e embalagens secundárias mais desenvolvidas que o RS.
De acordo com o Conseleite RS, a perda de competitividade, aliada ao alto custo de produção, tem contribuído para a diminuição do número de produtores e do volume de leite ofertado no campo.