Pequim intensificou os esforços para encontrar fontes alternativas de importação agrícola, incluindo produtos lácteos, após as críticas conjuntas neozelandesas e americanas em junho sobre a posição da China em Taiwan.
A Nova Zelândia tem sido um dos principais fornecedores de produtos lácteos, especialmente leite em pó integral, para a China”, lembrou Monica Ganley, analista do Daily Dairy Report e diretora da Quarterra, uma consultoria agrícola em Buenos Aires.
“Entretanto, uma mudança no clima político poderia minar essa relação”, disse o especialista, que viu o Uruguai subir para o topo da lista de fornecedores alternativos de leite em pó integral à China. Desde 2010, o Uruguai tem fornecido regularmente pequenas quantidades de leite em pó integral à China, mas os volumes têm crescido substancialmente nos últimos anos, disse Ganley.
No ano passado, o Uruguai vendeu 37.551 toneladas de leite em pó integral para a China, mais do dobro do volume embarcado no ano anterior, consolidando sua posição como o segundo maior fornecedor de leite em pó integral da China, disse o especialista do Daily Dairy Report.
“Os exportadores uruguaios abraçaram esta relação ampliada. Eles priorizaram as vendas para a China e recebem regularmente delegações chinesas. Seus esforços parecem estar dando frutos”, analisou Ganley. Se o Acordo de Livre Comércio Uruguai-China for concluído, o leite em pó integral estaria isento da tarifa de 10% que atualmente se aplica às importações desse produto, mas os exportadores uruguaios também estão explorando outros produtos.