Com uma produção de 87 mil litros por dia, a fazenda Melkstad, localizada em Carambeí, ocupa o segundo lugar no ranking dos maiores produtores de leite do Brasil pelo segundo ano consecutivo (2021/2022). Elaborada pelo “MilkPoint”, o maior portal de notícias sobre o mercado lácteo do país, a lista tem como objetivo reconhecer as propriedades que se destacam na atividade. Em uma área própria de 18 hectares, a fazenda abriga um rebanho de seis mil animais, sendo que mais de dois mil estão em lactação. Parte do sucesso da propriedade se deve ao sistema de ordenha robotizada, mas também à qualidade da alimentação do gado.

“A Melkstad, hoje, vive do próprio crescimento orgânico, sem necessidade de comprar rebanho ou alimento”, explica Diogo Vriesman, sócio-administrador da propriedade, acrescentando que nem sempre foi assim, pois, durante muitos anos, a comida dos animais vinha de fora. “A estratégia mudou há dois anos, quando percebemos essa necessidade analisando o mercado de ‘commodities’ agrícolas. Hoje, a alimentação é quase toda produzida na propriedade, mas em áreas arrendadas”, aponta. São mil hectares entre arrendamento e parceria, sendo que, desse total, 250 hectares são dedicados a culturas perenes, como alfafa e capim. A maior parte do cultivo, entretanto, é de soja e milho, destinados exclusivamente ao gado.

Para garantir a qualidade do alimento oferecido aos animais, a Melkstad utiliza o sistema de silagem, técnica que permite o armazenamento da forragem por longos períodos sem perda nutricional. Atualmente, a fazenda produz 35 mil toneladas de silagem por ano, suficiente para alimentar o rebanho por 16 meses. “Uma regra básica da produção leiteira é ter uma silagem de qualidade”, comenta Diogo.

Reforço especial

E, para garantir essa qualidade, a lavoura conta desde 2020 com o reforço do fertilizante TSM Furius, produzido pela TSM Group. Segundo Vriesman, o objetivo inicial com o produto era prevenir o enfezamento, uma doença do milho causada pela cigarrinha, mas ele também percebeu um grande benefício na saúde da planta, principalmente da parte fibrosa. “Não adianta apenas ter amido em grande proporção. A qualidade da fibra também é muito importante na silagem”, explica, destacando que o aumento da produtividade da silagem refletiu diretamente na produção de leite. O sucesso foi tanto que a Melkstad já planeja a construção de mais espaços para confinamento, visando dobrar a produção de leite nos próximos cinco anos.