“O Serro é uma terra de gente simples, amante da natureza, da cultura e da culinária mineira, como o famoso queijo, produzido na região, que já vem com o selo da qualidade e da tradição”.
queijo
Patrimônio Cultural do Brasil
O valor da tradição, a forma de fabricação e a importância do produto na economia familiar dos mineiros levou o IEPHA-MG a declarar o “QUEIJO DO SERRO” como primeiro Patrimônio Imaterial de Minas (primeira declaração deste tipo realizada no país, em 2002). Posteriormente, em 2008, o produto foi também declarado Patrimônio Cultural do Brasil, pelo IPHAN.

Ao redor do queijo foi se formando também uma lista de outras delícias que combinam com ele, como a marmelada, a goiabada, o vinho e a cachaça. E ainda há outras variedades de derivados do leite produzidos na cidade: meia cura, requeijão preto (moreno), manteiga, doce de leite, ricota, mussarela, queijo prato …

• COMO É O LEGÍTIMO QUEIJO DO SERRO

CARACTERÍSTICAS
Consistência: semiduro
Textura: compacta
Cor: branca amarelada
Sabor: brando, ligeiramente ácido
Crosta: fina, sem trinca
Forma e Peso: cilindro de 13 a 15 cm de diâmetro.
Altura: 4 a 6 cm.
Peso: 700grs a 1 kg

• OS SEGREDOS DO QUEIJO DO SERRO

“O Serro é uma terra de gente simples, amante da natureza, da cultura e da culinária mineira, como o famoso queijo, produzido na região, que já vem com o selo da qualidade e da tradição”.

Serro é nome de queijo … e queijo é sinônimo de Serro. A cidade se orgulha de produzir o mais saboroso e conhecido produto mineiro: o famoso “Queijo do Serro” artesanal, tipo Minas. No estado ele é conhecido também como “queijo minas” (não é curado nem frescal). O motivo do diferenciado sabor, comparável aos melhores do mundo, ou ainda não está devidamente explicado, ou está guardado a sete chaves. Os antigos o creditavam ao capim gordura, excelente pastagem nativa da região, hoje quase desaparecida. Como permaneceu a mesma qualidade, atualmente alguns apontam a composição do solo (terreno calcáreo e úmido) e o clima, como os responsáveis pelo delicado sabor.

A Fábrica de Laticínios local, pertencente ? Cooperativa de Produtores Rurais do Serro, é uma das poucas do estado que não se entregaram ao controle das grandes empresas, sobrevivendo por obra e graça dos próprios fazendeiros do Serro. Assim, os serranos se adaptam ? s mais modernas técnicas de produção, mantendo toda a originalidade do queijo Minas artesanal, “que se tenta, aqui e ali, inutilmente imitar”.

São produzidas 40 toneladas/mês de queijo Minas artesanal, nas fazendas, e 80 toneladas/mês de queijo industrial, na Fábrica de Laticínios. É uma atividade cada dia mais ameaçada pelos crescentes investimentos nas grandes indústrias e pela ainda incipiente política governamental voltada para os pequenos produtores. Mas, com a vontade e a resistência que lhe é peculiar, o serrano prossegue mantendo a tradição de quase três séculos, que é passada de pai para filho.

• HISTÓRIA

Transportado antigamente em lombo de burro, pelas tropas, envolvidos por jacás de taquara ou em bruacas de couro cru, o “queijo do Serro em pouco passou a confundir-se com o queijo de Minas, criando um padrão novo na espécie que até hoje ocupa posição de destaque no comércio”. Durante o período colonial, tornou-se um produto estrategicamente utilizado nos garimpos de ouro e diamantes da região. Em 1772, uma circular do Governador de Minas, Conde de Valadares, ordenou que o Comandante das forças policiais do local instruísse os postos de fiscalização para “furarem os queijos que passassem pelos Registros, para exame”, a fim de evitar o contrabando de pedras preciosas.

Nas décadas de 1970-80, os serranos empreenderam uma importante migração, com o objetivo de ampliar o consumo e difundir o queijo e o pão-de-queijo mineiros. Neste período, foram abertas várias “casas de pão-de-queijo” em cidades-pólo do país, como Belo Horizonte, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Poços de Caldas. O pão-de-queijo, a partir de então, passou a ser conhecido nacionalmente, passando inclusive a denominar o estado como a “República do Pão-de-queijo”.

Atualmente, os queijos são acondicionados em modernos caminhões frigoríficos, com todo o rigor exigido pela legislação sanitária, mas sem perder os segredos que tornaram o seu sabor tão especial.

O queijo do Serro, além de uma certa unanimidade entre os apreciadores e entendidos do assunto, tem recebido muitos elogios, ao longo da história, confirmando o produto também como embaixador do Brasil no exterior. Em 1997, o Presidente francês Jacques Chirac, teve a oportunidade de saborear o produto, durante visita oficial ao Brasil.

No almoço do Palácio do Itamaraty, em meio a debates sobre o Mercosul e o turismo entre os dois países, a imprensa internacional noticiou que lhe serviram “queijo do Serro como sobremesa, junto com goiabada e doce de laranja”.

A ex-Deputada Sandra Starling contou recentemente sobre a sua alegria, vivida durante uma viagem a Roma, na Itália. Hospedando-se no Hotel Excelsior, um dos mais conceituados da Europa, em plena Via Veneto, teve a oportunidade de saborear, todos os dias, no café da manhã, uma fantástica bandeja de queijos, com as 7 melhores marcas do mundo. Entre eles, figuravam os conhecidos “Serra da Estrela” de Portugal, “Brie” da França, e o “Queijo do Serro”, como legítimo representante dos melhores queijos produzidos nas Américas.

•  OUTROS PRODUTOS LATICÍNIOS

Além do tipo Minas tradicional, a Fábrica de Laticínios da Cooperativa produz outras variedades: prato, meia cura, cobocó, fundido, ricota, mussarela em trança e em bolinha, além do doce de leite mole e em barra, manteiga e leite pasteurizado tipo C. Outra ótima opção oferecida pela cidade é o delicioso requeijão preto artesanal (de massa cozida), que pode ser encontrado em algumas casas, padarias e armazéns.

• LINKS ESPECIAIS

QUEIJO DO SERRO, PATRIMÔNIO DO BRASIL

• Queijo Minas vira patrimônio do povo brasileiro
• Dossiê do Queijo Minas (junto ao IPHAN)
• Vídeo: Queijo Minas, Patrimônio do Brasil
• Queijo Minas patrimônio nacional (passo-a-passo)
• Queijo do Serro é patrimônio mineiro e brasileiro

QUEIJO DO SERRO, PATRIMÔNIO DE MINAS

• Queijo do Serro vira patrimônio de Minas
• Descrição da fabricação do Queijo do Serro
• Minas e queijo: uma obviedade

FESTA DO QUEIJO

A “Festa do Queijo”, que comemora o principal produto da cidade, é realizada anualmente, sempre na última semana de setembro

ONDE ENCONTRAR – QUEIJO E PRODUTOS LATICÍNIOS

EM SERRO: Para melhor organização e visualização, acesso o arquivo abaixo.

BELO HORIZONTE

– Cooperativa dos Produtores Rurais do Serro – CEASA, Queijos por atacado – Rodovia BR-040, s/n, km 688, Pavilhão U, loja 11, Contagem – MG; (31) 3394 2327.
– Mercado Central de BH, ? Av. Augusto de Lima, 744, centro. Melhor entrada para as queijarias: pelas ruas Curitiba ou Goitacazes.
– Queijaria Mineira UAI – Loja 124; tel: 31- 3274-9655.
– Lojas Dú Salim – Lojas 152 e 169; tel: 31- 3274-9508; www.queijariadusalim.com.brqueijariadusalim@yahoo.com; entrega a domicílio.
– Ponto do Queijo – Loja 296; tel: 31- 3274-9669.
– Trilha do Sabor Empório – Loja 134- tel: 31- 2516-1626; trilhadosaboremporio@hotmail.com
– Loja do Itamar – Loja 148; tel: (31)- 3274-9535; encontramos aqui o tradicional requeijão preto (moreno) do Serro.
– Para quem quer saborear o queijo na hora, com um cafezinho, recomendamos a Comercial Sabiá – Lojas 151 e 156; tel: 31- 3274-9491.

BRASÍLIA

– VITÓRIA Panificadora CLS 108, Bloco C, Loja 15 ou na QI 15 Lago Sul, lojas 17/43; tel. (61)- 3443-9309; www.vitoriapanificadora.com.br; contato@vitoriapanificadora.com.br

Em outubro, as importações chinesas de produtos lácteos caíram novamente, totalizando 16 meses consecutivos no vermelho. A queda em volume dessa vez foi de 11%

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