O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, participou virtualmente, nesta segunda-feira (20/3), da abertura da reunião técnica da Aliança Láctea Sul-Brasileira.
O evento ocorreu de forma híbrida na sede da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), em Porto Alegre. Na pauta, questões da cadeia produtiva do leite que envolvem os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Feltes ressaltou a importância do setor para os três estados. “Aqui no Rio Grande do Sul, a gente imagina que possa continuar a colaborar, desde que encontremos cada vez mais convergências entre as entidades que participam da cadeia produtiva do leite, desde o pequeno produtor, até a indústria”, disse. “Precisamos buscar caminhos para melhorar ainda mais a relação, o aporte e apoio que o Estado pode dar ao setor”.
O secretário afirmou que é essencial ampliar a parceria entre o Estado e o setor. “Ao longo dos últimos tempos, a nossa proteína animal, por exemplo, conquistou um estado de excelência sanitária. Acho que podemos discutir isso mais amiúde com os técnicos, participando mais detidamente dessa construção”, pontuou Feltes.
Em sua saudação, o presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, destacou o atual momento vivido pela cadeia láctea. “Estamos aqui para discutirmos questões que envolvem este setor fantástico da Região Sul. Vivemos um momento em que os preços estão razoáveis.
Gedeão falou da importância da união dos três estados na formação da Aliança Láctea Sul-Brasileira e da necessidade de avançar para o mercado internacional.
“Temos que ‘pisar’ no mercado internacional, mas o fato é que não conseguimos avançar”, comentou ao lembrar que atualmente o preço do produto no mercado interno é superior ao praticado internacionalmente, o que tira competitividade.
Outro ponto salientado pelo presidente está nas questões ligadas ao Mercosul e a posição geográfica dos três estados que acabam atingidos pela importação do leite em pó da Argentina e Uruguai.
Gedeão encerrou sua fala garantindo otimismo em relação ao futuro. “Não importa se temos governos mais ou menos favoráveis ao setor. O agronegócio vai continuar a crescer. No caso dos lácteos, os caminhos quem irá dar são vocês”, disse.
A reunião abordou assuntos como: “Análise comparativa dos custos de produção dos produtos lácteos na Argentina, Uruguai e Brasil – onde estão os principais gargalos e diferenciais de competitividade?”; relatos sobre o andamento do levantamento de dados para o Diagnóstico e Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no RS, PR e SC; apresentação das perspectivas, desafios e demandas para o setor lácteo aos novos governos dos três estados, para a reunião do Codesul ou em outras oportunidades; atualização do Protocolo da Aliança Láctea Sul-Brasileira e discussão sobre regimento e normas de funcionamento; entre outros.
A abertura contou também com o secretário da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, Valdir Colatto; do secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara; do presidente Sistema FAESC, José Zeferino Pedrozo; do presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette; do presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella dos Santos; do presidente do Sindileite/SC, Selvino Giesel; e do presidente do Sindileite/PR, Éder Quinto Salvadori Desconsi.
O que é a Aliança Láctea
Formada pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a Aliança Láctea foi criada em setembro de 2014, durante a Expointer, para discutir os desafios e oportunidades comuns entre o setor produtivo do leite nos três estados. O fórum atua em cinco eixos: assistência técnica e geração de tecnologia para aumentar a produção e a produtividade, sanidade animal, qualidade do leite, organização do setor e redução de assimetrias tributárias. O contato com a Aliança pode ser feito por meio do e-mail: aliancalactea@gmail.com.
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