Em 15 anos, o número de produtores de leite caiu mais de 50% em Marau: em 2008 eram 840 famílias produtoras e, este ano, são cerca de 380 famílias que estão na atividade.
A informação é de Rogério Timbola, presidente do Sindicato Rural, ligado a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, a Farsul. A entidade tem demonstrado preocupação com o fato, que não é uma realidade apenas do município marauense, mas do estado gaúcho como um todo.
A alta nos custos de produção tem sido levada em conta na hora de decidir pela continuidade ou não na atividade leiteira.
O marauense Percio Brocco, empresário do setor e integrante da comissão do leite da Farsul, explica que a queda no valor da moeda norte americana (dólar) e a alta no índice de importação do leite de países como Uruguai e Argentina, por meio de políticas de mercado, tem provocado a desvalorização do produto local.
Como consequência, está a queda no preço pago ao produtor. O Brasil não é autossuficiente na cadeia de lácteos, necessitando da importação. Porém, os índices importados é que estão sendo questionados pelo setor.
Na exportação de lácteos, o Brasil ainda não tem tanta representatividade embora tenha potencial tecnológico e genético, explica Brocco.
Mas, para isso, é preciso frear a queda no número de propriedades que deixam a atividade leiteira. Em entrevista para a emissora, disponível no ambiente de podcast do site, Timbola comentou que a Farsul está em contato com a bancada ruralista na Câmara Federal na tentativa de se chegar a uma solução que seja boa para todos os envolvidos na cadeia de lácteos pois ela possui grau de importância da economia dos municípios.
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