Durante a Conferência Rural, no primeiro dia da 97ª Expofeira Pelotas a história da La Beca Agroindústria ganhou voz no Simpósio de Ovinocultura.
ovina
Camila Pizoni apresentou aos participantes do simpósio as etapas do seu projeto.

Entre as práticas mais difundidas na criação das raças ovinas estão a produção de carne, lã e pele. Menos conhecida e ainda bastante incipiente no território brasileiro e principalmente na região de Pelotas está a criação de ovinos para a produção de leite.

E foi nesta modalidade que a médica veterinária Camila Pizoni, de 34 anos, resolveu apostar após terminar seu doutorado, em 2021, na área de pecuária leiteira.

Após a aquisição de uma pequena propriedade no interior de Pelotas, nasceu a La Beca Agroindústria, estabelecida na Colônia Ramos. A contagem de tempo da agroindústria, que completou um ano em julho, se baseia na primeira aquisição de animais feita pela veterinária, dando início ao plantel da propriedade, que hoje chega a 26 animais.

“Comecei com 12, dez fêmeas e dois machos da raça Lacaune, de origem francesa, de maior adaptação ao Sul do Brasil, adquiridos em Pinto Bandeira, localizado na serra gaúcha”, diz. Os primeiros cordeiros de produção própria nasceram em janeiro deste ano.

Esta história ganhou voz durante o 22º Simpósio de Ovinocultura da Região Sul, evento que integra a Conferência Rural da 97ª Expofeira Pelotas. Na tarde de ontem, a médica veterinária contou aos participantes todas as etapas de construção de seu negócio, que ainda aguarda a regularização junto ao Serviço de Inspeção Municipal (SIM), etapa que espera estar concretizada até o final deste ano.

De olho no mercado gourmet, a ideia é investir também no turismo rural, com a recepção de visitantes e venda direta dos produtos na propriedade, diz. Enquanto isso não se concretiza, ela investe no rebanho e vai experimentando receitas de iogurte, doce de leite, queijos, que contam com o fedback de amigos e familiares para seu aperfeiçoamento.

Curiosidades de leite ovina

O leite de ovelha se diferencia do de vaca por diversos fatores, um deles é a cor mais branca e o sabor suave e levemente adocicado. Além disso, possui maiores teores de extrato seco, proteína, gordura, minerais e densidade.​

A quantidade de gordura também pode ser até duas vezes maior do que do leite de vaca, porém com diâmetro bem menor, o que facilita a digestão, além de não contribuir com o aumento do colesterol. No leite de ovelha, as vitaminas do complexo B e A, D e E estão contidas em maior quantidade. A vitamina D, por exemplo, apresenta em torno de 0,18g contra 0,04g do leite de vaca em 100g. Quanto aos minerais, o leite de ovelha pode ter até 75% a mais de cálcio.

A produção média por fêmea é de 1,5 litro de leite em duas ordenhas diárias. O rendimento é de um quilo de sólidos a cada cinco litros de leite. A gestação e lactação da fêmea dura em média cinco meses. No primeiro mês de vida, o cordeiro é deixado toda noite com a mãe, uma forma de reduzir a taxa de mortalidade, já que o filhote é bastante sensível. Na primeira semana de vida, é alimentado basicamente com colostro.

Além da Agroindustrialização do leite ovino, o 22º Simpósio de Ovinocultura da Região Sul, realizado ontem, trouxe à discussão temas como Importância da assessoria técnica na ovinocultura, Indústria da carne ovina e Planejamento e escrituração zootécnica como ferramenta de gestão na ovinocultura.

 

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A partir de segunda-feira, 18 de novembro, agricultores se mobilizam contra o acordo de livre-comércio entre a Europa e cinco países da América Latina, rejeitado pela França. François-Xavier Huard, CEO da Federação Nacional da Indústria de Laticínios (FNIL), explica a Capital as razões pelas quais o projeto enfrenta obstáculos.

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