Segundo Alckmin não existe a possibilidade de prática protecionista com aumento de impostos sobre a importação de leite de países como Argentina e Uruguai.
Alckmin
Segundo Alckmin, não existe uma possibilidade de prática protecionista com aumento de impostos sobre a importação de leite de países como Argentina e Uruguai.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse que a proteção da produção de leite passa por estímulo de consumo no mercado interno e não por taxação de produtos do Mercosul.

Ele esteve nesta quinta-feira (9/11), em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, na inauguração de uma fábrica de queijo com capacidade de produção de mil toneladas do laticínio por mês.

Segundo Alckmin, que também está à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, não existe uma possibilidade de prática protecionista com aumento de impostos sobre a importação de leite de países como Argentina e Uruguai. “No Mercosul, há uma Tarifa Externa Comum, chamada TEC, então não posso aumentar imposto de importação para os países como Argentina e Uruguai. Agora, podemos exercer papel sanitário e de fiscalização, impedir triangulação e apoiar o produto brasileiro”, disse Alckmin durante o evento.

Ele ainda afirmou que o Governo Federal estimula o consumo do produto por meio do crédito tributário. “Você quer comprar leite? Vai ter o crédito tributário via Pis/Cofins se a compra for de produtor brasieliro”. Foi citada ainda a ampliação de aquisição via Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Produtores de leite brasileiros, que, inclusive, têm representação por meio de bancada de deputados na Câmara Federal, apontam que no primeiro semestre de 2023 o Brasil importou 1 bilhão de litros de leite, 300% mais que o total importado no mesmo período de 2022, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A maior parte justamente de produtores uruguaios e paraguaios.

Fábrica

O vice-presidente esteve no Triângulo Mineiro por conta da inauguração da nova fábrica de queijo da Lactalis do Brasil, que também vai ampliar a produção de manteiga na planta já existente em Uberlândia.

O novo empreendimento, segundo o presidente do grupo para o Brasil e Cone Sul, Patrick Sauvageot, não vai importar leite. “Vamos captar mais leite, porque a fábrica de queijo é a atividade que consome mais leite dos produtos lácteos, e isso dá mais oportunidade para os produtores da região”, afirmou.

Além de produzir mil toneladas de queijo, a fábrica expande a capacidade de fabricação de manteiga em Uberlândia da Lactalis, chegando a 500 toneladas por mês. Com isso, apenas a unidade local vai passar a receber 1,6 milhão de litros de leite, aumentando em 37% o processamento da matéria-prima.

 

 

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