A relação da família Balbinot com a produção de queijos começou por volta da década de 1970, quando a jovem lrma Corso Balbinot iniciou a fabricação na cozinha de casa.
Balbinot
Neste ano, a agroindústria esteve presente no Prêmio Queijo Brasil, conquistando três medalhas de prata e duas medalhas de bronze. (Ph:St)
A relação da família Balbinot com a produção de queijos começou por volta da década de 1970, quando a jovem lrma Corso Balbinot iniciou a fabricação na cozinha de casa.

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A tradição foi mantida e atualmente a família gerencia a agroindústria Queijos Balbinot, na Linha Perondi, interior de Guaraciaba. Com o acompanhamento do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) para agroindústrias artesanais, iniciado em 2021, a empresa tem se destacado nacionalmente com sua produção.

Vanderlei Balbinot e Elizete Balbinot, pais de Aline, Alana e Ariel Balbinot, iniciaram a profissionalização dos queijos da família em meados de 2010, quando construíram um novo espaço. Diante da necessidade de um responsável técnico para atuar no estabelecimento, a filha mais velha, Aline, foi estudar para a função e formou-se Técnica em Agroindústria no Instituto Federal de Santa Catarina, campus São Miguel do Oeste. Seis anos após a construção da agroindústria, em 2016, conseguiram o registro no Sistema de inspeção Municipal (SIM) de Guaraciaba/SC e passaram a produzir queijos tradicionais e temperados com o leite oriundo da propriedade.

“Entre 2016 e 2021 nós tínhamos uma gestão conjunta da propriedade com a produção de leite e a de queijo. Naquele ano a propriedade como um todo foi dividida em duas empresas. A produção de leite é de responsabilidade e administração dos meus pais, que são atendidos pela ATeG Leite. A produção de queijos e derivados é gerida por mim e meu companheiro, que também integramos o programa da Assistência Técnica e Gerencial do Senar voltado à agroindústria artesanal”, explica Aline Balbinot, responsável pela empresa.

A produção da Queijos Balbinot gerenciada por Aline e Uilian conta com a supervisão da técnica de campo Larissa da Fré. “Quando eu assumi a gestão da agroindústria, não tinha experiência e nem tanto conhecimento na área de gestão financeira”, relembra a produtora ao afirmar que a assistência do Senar por meio da Larissa foi fundamental para que realizasse um gerenciamento eficiente do controle financeiro da empresa.

Desde a primeira visita, a técnica de campo vem incentivando melhorias. “Ao iniciar os acompanhamentos na agroindústria, observei que alguns controles estavam sendo realizados de forma manual. Para profissionalizar os controles passamos a utilizar uma planilha completa onde é possível fazer o controle do fluxo de caixa, de estoque, rastreabilidade, controle de pedidos, entre outras informações importantes para o desenvolvimento do negócio”, exemplifica a técnica Larissa ao destacar que além da gestão também foram trabalhadas várias questões técnicas que trouxeram resultados para a produtividade do negócio.

GRANDES CONQUISTAS

Um grande marco para a história da família foi a conquista do Selo ARTE. “Durante o acompanhamento do Senar, nós identificamos que a nossa agroindústria tinha potencial para fazer a solicitação do selo que garante que a produção é de fato artesanal. Com a ATeG nós conseguimos conquistar esse selo, o que permitiu que a nossa comercialização fosse mais rápida e que a produção passasse de âmbito municipal para o âmbito nacional, ampliando os nossos mercados”, ressalta Aline. Além disso, o acompanhamento também foi marcado pelo trabalho de desenvolvimento de novos produtos na agroindústria como o queijo ao vinho, o queijo da Nona Irma e o doce de leite da Tia Bete.

A produtora acrescenta, ainda, como a participação no programa de Assistência Técnica pôde transformar a qualidade de vida de sua família. “Nós tivemos uma melhoria significativa nas receitas e na lucratividade da nossa atividade, o que possibilitou eu e meu companheiro de construir nossa casa na propriedade, permanecendo no campo e perto de nossa família”.

O presidente do Sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo, valoriza o caminho traçado pela família e afirma a importância das agroindústrias artesanais. “Um elo entre o campo e a cidade. Geram emprego e renda, preservam a cultura local e fortalecem a agricultura familiar”.

Premiações também marcaram a trajetória da Queijos Balbinot. Em 2022 a propriedade participou de um concurso mundial com seu doce de leite e conquistou medalha de prata. Neste ano, a agroindústria esteve presente no Prêmio Queijo Brasil, conquistando três medalhas de prata e duas medalhas de bronze. “Eu gostaria de agradecer ao Sistema Faesc/Senar pela oportunidade de participar da ATeG, tanto da bovinocultura de leite quanto da agroindústria, porque esse programa revolucionou a vida da nossa família e da nossa empresa como um todo”, finaliza Aline.

ATEG AGROINDÚSTRIA ARTESANAL

De acordo com o supervisor técnico Fernando Schneider, a ATeG Agroindústria iniciou em 2021 por meio do Sindicato Rural de São Miguel do Oeste e inicialmente atendia 20 agroindústrias de diferentes segmentos. Entre os objetivos do programa estão conciliar as partes técnica e gerencial, identificando custos e otimizando possíveis resultados. “Também se incentiva estruturar novos produtos para agregar valor às receitas da agroindústria e atingir novos nichos de mercado com foco em aumentar as vendas e a rentabilidade, sempre buscando melhor qualidade de vida para a família produtora”, ressalta a coordenadora da ATeG em SC, Paula Coimbra Nunes.

“A agroindústria artesanal possibilita uma grande mudança na vida de pequenos produtores rurais e é isso que o Sistema Faesc/Senar-SC busca promover por meio do Programa de Assistência Técnica e Gerencial”, salienta o superintendente do Senar/SC, Gilmar Antonio Zanluchi. Atualmente o programa atende 4 grupos formados por 90 agroindústrias artesanais.

 

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