Apesar disso, o presidente da entidade salienta que é cedo para falar em prejuízos gerados pelo acordo entre Mercosul e União Europeia

Produtores de leite do Brasil temem que o acordo entre Mercosul e União Europeia possa prejudicar o setor, já que a parceria prevê isenção de impostos para produtos lácteos exportados da UE para o Mercosul. “O fato das tarifas antidumping não terem sido renovadas no começo do ano já era algo preocupante. Agora, livres de impostos, o governo terá que criar um mecanismo para conter importações”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges.

Segundo o presidente da Abraleite, as cotas negociadas em Bruxelas, na Bélgica, precisam ser confirmadas e analisadas. “Chegou para gente como sendo 10 mil toneladas para leite em pó e 30 mil toneladas para queijos diversos. Não temos informações completas ainda, mas estamos sabendo que foram colocados limites”, diz. “Também sabemos que haverá um prazo de médio a longo para implantação”, completa.

O documento divulgado nesta segunda, dia 1º, as cotas desses produtos serão divididas em dez volumes iguais anuais. A isenção dos impostos ocorrerá de forma gradual em dez cortes iguais, a partir da entrada em vigor do acordo, até atingir tarifa zero.

Borges destaca que o acordo pode ser bom para outros produtos da agropecuária brasileira, bem como para o país e todo o Mercosul, mas é necessário entendê-lo para saber se causará prejuízos à cadeia produtiva de leite. “Os países europeus promovem incentivos e subsídios aos produtos lácteos que são exportados, e não temos o mesmo no Brasil”, afirma.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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