A Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite) reforçou nesta terça-feira (5) aos ministérios da Economia e da Agricultura o apelo para que o governo federal renove,

A Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite) reforçou nesta terça-feira (5) aos ministérios da Economia e da Agricultura o apelo para que o governo federal renove, por mais cinco anos, o direito antidumping definitivo, aplicado às importações de leite em pó, integral ou desnatado, não fracionado, originários da Nova Zelândia e da União Europeia. A entidade espera que a decisão seja tomada até esta quarta-feira (6), tendo em vista que a última resolução de renovação do direito antidumping data de 5 de fevereiro de 2013.

“Não só pedimos, mas insistimos com o governo federal, sobretudo com os ministérios da Agricultura e Economia, para que as tarifas antidumping sejam renovadas”, disse ao AGROemDIA o presidente da Abraleite, Geraldo Borges. De acordo com ele, o Ministério da Agricultura também está fazendo gestão com a equipe econômica para que a medida seja prorrogada.

“Já temos muitos problemas com o leite em pó procedente dos países vizinhos do Mercosul, principalmente Argentina e Uruguai, e que, de certa forma, causam transtornos a nossa cadeia produtiva”, observou o dirigente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite.

Geraldo Borges assinalou ainda que a cadeia produtiva de leite brasileira já é extremamente onerada por tributos. “Além disso, há as assimetrias com outros países produtores de leite do Mercosul, da Europa e com a Nova Zelândia, o que tira nossa competitividade por termos um custo de produção muito alto”, enfatizou o presidente da Abraleite, lembrando que no segundo semestre de 2018 o setor foi prejudicado com a queda dos preços do leite.

“Com o enorme estoque de leite em pó existente hoje na Comunidade Europeia, é um risco muito grande não renovar as tarifas antidumping. Isto porque elas seguram, junto com o imposto de importação (28%), a entrada desregrada do produto no Brasil”, ressaltou.

“A não renovação das tarifas antidumping tem potencial para aniquilar a cadeia produtiva do leite brasileiro, prejudicando sobretudo os produtores, cooperativas de produtores de leite e pequenos laticínios”, advertiu Geraldo Borges

O Brasil aplicou pela primeira vez o direito antidumping em fevereiro de 2001. Desde então, a medida vem sendo renovada para evitar prejuízos maiores ao setor de leite brasileiro.

As tarifas antidumping vigente até esta terça-feira são de 3,9% para as importações originárias da Nova Zelândia e 14,8% para o produto procedente da União Europeia.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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