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2 set 2025
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Com o novo acordo, lácteos dos EUA terão acesso preferencial à UE, enquanto vinho e azeite europeus pagarão tarifa de 15% no mercado americano.
🌍 UE facilita entrada de lácteos americanos, mas penaliza exportações
🌍 UE facilita entrada de lácteos americanos, mas penaliza exportações

A União Europeia (UE) abriu o mercado para lácteos dos Estados Unidos, estabelecendo um acesso preferencial para produtos como leite, queijos e derivados americanos, segundo informações de Agroinformación.

Em contrapartida, exportadores europeus de vinho e azeite enfrentarão uma tarifa de 15% para comercializar no mercado norte-americano, gerando um intenso debate sobre o equilíbrio desse pacto.

O acordo, firmado entre a UE e os EUA, tem como objetivo aliviar tensões comerciais e evitar a escalada de uma guerra tarifária mais ampla. Entretanto, diversas associações agrícolas europeias têm reagido com preocupação, classificando o pacto como “desigual e desequilibrado”.

Enquanto o setor lácteo e a carne suína dos EUA ganham novas oportunidades comerciais, produtores de países como Espanha, Itália e Portugal alertam para um impacto negativo direto sobre seus produtos tradicionais.

De acordo com entidades representativas do setor agroalimentar europeu, a nova tarifa de 15% sobre o vinho e o azeite pode reduzir significativamente a competitividade desses produtos nos Estados Unidos, que é um dos principais destinos de exportação para muitos desses países.

Esse aumento de custos pode resultar em menor volume de vendas e perda de participação de mercado para concorrentes de outras regiões, como América do Sul e Oceania.

Por outro lado, as indústrias lácteas e cárnicas norte-americanas se beneficiam de uma abertura estratégica na Europa, onde o consumo de lácteos importados tem crescido gradualmente.

O acesso preferencial, ainda sujeito a ratificação pelos órgãos legislativos de ambas as partes, permitirá que produtos como queijos, leite em pó e manteiga entrem na UE com barreiras reduzidas, potencialmente pressionando os preços internos e aumentando a concorrência para produtores locais.

Críticos do pacto argumentam que ele sacrifica interesses agrícolas europeus em prol de outros setores, como a indústria automotiva e tecnológica, que também foram contemplados com benefícios comerciais no acordo.

Além disso, há preocupações relacionadas aos padrões sanitários e de produção, já que os regulamentos nos EUA diferem em diversos aspectos daqueles aplicados na União Europeia.

Segundo analistas do setor, este pacto reflete a complexidade dos acordos de livre comércio globais, nos quais concessões em um setor frequentemente resultam em desvantagens para outro.

A Comissão Europeia, no entanto, defende que a medida visa estabilizar as relações transatlânticas, especialmente após um período de tensões comerciais que marcou administrações anteriores nos Estados Unidos.

O debate agora se concentra na ratificação do acordo e em eventuais medidas compensatórias que possam ser adotadas para apoiar os setores prejudicados.

Organizações de produtores de vinho e azeite já sinalizaram a intenção de pressionar governos nacionais e instituições da UE por mecanismos de compensação ou linhas de crédito que reduzam o impacto da nova tarifa.

Enquanto isso, o setor lácteo europeu observa com cautela a entrada dos lácteos americanos.

Embora os consumidores possam se beneficiar de maior oferta e, possivelmente, preços mais competitivos, há preocupações sobre desafios à produção local, especialmente em regiões dependentes da pecuária leiteira tradicional.

Em conclusão, o pacto comercial UE–EUA destaca a complexidade e as consequências assimétricas que podem surgir em negociações internacionais.

Para o setor lácteo, ele representa uma abertura que pode redefinir fluxos comerciais e pressionar estruturas de preços dentro da Europa, ao mesmo tempo em que cria obstáculos adicionais para exportadores de vinho e azeite, produtos emblemáticos da dieta e da economia europeias.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de seu Content Partner Fedeleche

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