Fintech passa a contar com mais 50 mil produtores com crédito pré-aprovado e mais de 40 agroindústrias e cooperativas parceiras.
Para os parceiros, o crédito da Agroforte é um elo na relação com produtores e integrados, fidelizando a rede de fornecedores sem a necessidade de usar capital próprio no financiamento.
Para os parceiros, o crédito da Agroforte é um elo na relação com produtores e integrados, fidelizando a rede de fornecedores sem a necessidade de usar capital próprio no financiamento.

A pecuária leiteira acaba de protagonizar o primeiro M&A entre fintechs, ilustrando o potencial do mercado de crédito para produtores de leite.

No apagar das luzes do ano passado, a Agroforte assinou um acordo para adquirir a RúmiCash, fintech que fazia parte da Rúmina — companhia controlada pela Tarpon 10b.

É a primeira aquisição da história da Agroforte, startup criada por Felipe D’Ávila quando notou o vácuo no mercado de crédito agropecuário. Enquanto uma leva de fintechs se estruturava para fornecer crédito para os produtores de grãos, a Agroforte mirou o crédito para granjeiros e pecuaristas — de leite e corte.

“Estamos falando de uma produção primária de R$ 400 bilhões”, disse D’Ávila ao The AgriBiz. Em conjunto, argumentou, a produção primária de proteína animal possui uma dimensão parecida com a de grãos. No ano passado, o VBP de soja e milho somou R$ 427 bilhões, segundo estimativa do Ministério da Agricultura.

Ao adquirir a RúmiCash, a Agroforte fortalece a posição competitiva para disputar esse mercado gigantesco, tornando-se um player praticamente único no mercado de leite. Na avicultura, a startup já estava sozinha.

Outra vantagem da aquisição é a baixa sobreposição. Apenas dois laticínios (Ultracheese e Skala) já eram clientes de Agroforte e RúmiCash.

Agora, a Agroforte passa a contar com mais 50 mil produtores com crédito pré-aprovado e mais de 40 agroindústrias e cooperativas parceiras, incluindo players como Lactalis, C.Vale, Seara, Vigor, Alvoar e Quatá.

No modelo de negócios desenhado pela Agroforte, as agroindústrias e cooperativas parcerias se conectam à fintech, fornecendo dados de produtividade e viabilizando o pagamento das parcelas do financiamento tomado pelo produtor diretamente à startup. Com isso, preserva uma inadimplência inferior a 1%.

Para os parceiros, o crédito da Agroforte é um elo na relação com produtores e integrados, fidelizando a rede de fornecedores sem a necessidade de usar capital próprio no financiamento.

Do lado da Agroforte, o funding para dar crédito vem de um FIDC estruturado em parceria com a Bamboo, empresa especializada em crédito estruturado. Atualmente, o fundo conta com R$ 59 milhões em patrimônio líquido. A RúmiCash possui uma carteira da ordem R$ 20 milhões.

Fundada em 2020, a Agroforte conta com três investidores institucionais: The Yield Lab, Futurum Capital e Crivo Ventures.

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