A balança comercial do agronegócio brasileiro registrou superávit recorde no acumulado de janeiro a outubro deste ano, com saldo de US$ 75,5 bilhões.
As exportações tiveram receita de US$ 85,8 bilhões, com alta de 5,7% em relação ao mesmo período de 2019, e volume embarcado de 189,4 milhões de toneladas, com aumento de 12,4%.
A análise é da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia.
A China segue como o principal destino das vendas externas, com participação de 35,8%. União Europeia (16,2%), Estados Unidos (6,5%), Japão (2,4%) e Coreia do Sul (2,1%) completam o ranking dos cinco principais mercados no período de janeiro a outubro.
As exportações em outubro passado tiveram queda de 6,2% em relação ao mesmo mês em 2019, totalizando uma receita de US$ 8,2 bilhões e superávit de US$ 7 bilhões.
O total embarcado foi de 18,1 milhões de toneladas, com redução de 3,2%.
O açúcar de cana em bruto foi o produto mais exportado (US$ 1,1 bilhão em valores) e a China também foi o principal comprador dos produtos do agro (26,5% do total).
Lácteos
Os lácteos foram destaque entre os produtos analisados dentro do Projeto Agro BR, desenvolvido em parceria com a Apex Brasil para promover pequenos e médios produtores ao comércio internacional.
As exportações em outubro de 2020 somaram US$ 8,5 milhões, 87,5% a mais do que no mesmo período do ano passado, principalmente pelo crescimento de vendas do leite modificado e do leite condensado.
No acumulado de janeiro a outubro, o aumento nas vendas foi de 30% em receita (US$ 61,6 milhões) e de 30,6% em volume (26,8 mil toneladas), puxado pelas exportações de leite modificado, leite em pó e creme de leite.
Produtos apícolas
Nos primeiros dez meses do ano, o setor registrou expansão de 34,7% nas exportações em valor e crescimento de 58,6% em volume, na comparação com o mesmo período de 2019.
Essa variação foi impulsionada pela elevação de US$ 22 milhões nas vendas de mel.
Os principais destinos foram os Estados Unidos e a União Europeia, com compras respectivas de US$ 57,1 milhões e US$ 15,4 milhões.