Após operar durante todo o deia no campo negativo, os preços internacionais do milho futuro encerram a segunda-feira (10) com resultados misturados na Bolsa de Chicago (CBOT)

Após operar durante todo o deia no campo negativo, os preços internacionais do milho futuro encerram a segunda-feira (10) com resultados misturados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações entre 0,25 negativo, zero e 1,00 positivo.

O vencimento julho/19 foi cotado à US$ 4,15, o setembro/19 valeu US$ 4,24 e o dezembro/19 foi negociado por US$ 4,34.

Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho passaram grande parte da sessão de hoje tentando permanecer no verde, mantendo-se praticamente estável até o fim, já que alguma incerteza ainda persiste sobre o ritmo de plantio da semana passada, que o USDA irá atualizar no final da tarde em seu relatório semanal de progresso da colheita.

Os analistas esperam que o USDA mostre que 83% da safra de milho dos EUA deste ano foi plantada até 9 de junho. As estimativas variaram entre 79% e 89%. A safra deste ano também obtém sua primeira classificação de qualidade sazonal na tarde de segunda-feira, com analistas esperando que o USDA mostre 54% em condição boa a excelente.

De acordo com informações da Agência Reuters, os agricultores podem parar de tentar plantar milho agora, mesmo que o clima melhore, porque o plantio tardio pode reduzir os rendimentos. Normalmente, o plantio de milho é concluído nesta época do ano.

“Independentemente de ter mais chuva ou ficar sem chuva, não são muitos caras que vão plantar milho após o dia 10 de junho”, disse Jim Gerlach, presidente da A/C Trading em Indiana.

Mercado Interno

Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única praça que apresentou desvalorização foi Não Me Toque (1,69% e preço de R$ 30,00).

As desvalorizações apareceram em Campinas/SP (1,29% e preço de R$ 37,43), Castro/PR (1,41% e preço de R$ 35,00) e Brasília/DF (3,33% e preço de R$ 29,00).

Para a Radar Investimentos os preços no mercado físico do milho estiveram mais comportados desde o último final da semana. As preocupações com o plantio norte-americano tiveram alívio, o dólar recuou e a colheita da safrinha fica mais evidente no Paraná e no Mato Grosso.

Ainda nessa segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, após o forte movimento de alta dos preços na segunda quinzena de maio, o enfraquecimento da demanda tem limitado as elevações neste início de junho – ou até mesmo pressionado os valores – em algumas regiões.

Segundo colaboradores do Cepea, compradores se mostram abastecidos e, por isso, postergam novos negócios, à espera da entrada efetiva do milho da segunda safra. Do lado da oferta, o avanço da colheita nas principais regiões produtoras eleva a disponibilidade interna e pressiona as cotações.

Alguns vendedores, no entanto, aguardam maior definição sobre a safra norte-americana – diante do atraso no semeio de milho nos Estados Unidos, esses vendedores mantêm a expectativa de aumento das exportações brasileiras e, consequentemente, de novas reações nos preços internos.

 

MT registra vendas de milho “a todo vapor”, com negócios para safras atual e futura

As vendas de milho de Mato Grosso avançaram “a todo vapor” em maio, com a valorização do cereal no mercado externo e a alta do dólar beneficiando negócios tanto para a safra que está sendo colhida (2018/19) quanto para a do ano que vem (2019/20), informou nesta segunda-feira o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Para a safra atual do maior produtor brasileiro de grãos, com colheita atingindo já 8,57% da área até a última sexta-feira, os agricultores comercializaram 69,21% da produção, após um avanço mensal de 6,92 pontos percentuais, com o produto sendo negociado em média de 20,61 reais por saca.

“A fluidez se deu, principalmente, na segunda quinzena do mês, após a valorização do milho no mercado externo e aumento da demanda para o confinamento pecuário do Estado”, disse o Imea.

Para a safra 2019/20, os negócios “também já estão a todo vapor”, com reportes indicando 15,26% da produção projetada vendida, acima da média histórica de pouco mais de 2% para esta época.

“Tal volume de milho comercializado nesse período é atípico para o Estado, dado a forte valorização nas cotações do dólar e da bolsa de Chicago para julho de 2020 no período…”, afirmou.

Ao longo do último mês, os negócios de exportação do milho do Brasil estiveram aquecidos, diante de problemas na safra dos Estados Unidos, que impulsionaram os preços.

O Brasil vendeu milho até para destinos pouco comuns, como o México.

SOJA

O Imea também registrou “bons volumes negociados” de soja no último mês.

A comercialização da safra 2018/19 avançou 7,75 pontos percentuais e fechou maio com 79,59% da produção já negociada, o que representa 25,87 milhões de toneladas.

“Este progresso é justificado pela recuperação das cotações da soja na bolsa CME-Chicago, pelo aumento dos prêmios portuários, e também pelo dólar, refletindo assim na valorização do grão no mercado mato-grossense”, disse o órgão.

Junto a isso, acrescentou o Imea, também houve a necessidade de o produtor liberar espaço nos silos, já que a colheita do milho de segunda safra foi iniciada.

A recuperação nas cotações também repercutiu na comercialização da safra 2019/20, que registrou um avanço de 7,20 pontos e alcançou 19,54% do volume projetado, apontou o Imea, órgão ligado ao setor produtivo.

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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