Elevação do preço do cereal deixou a ração animal mais cara, exigindo maior eficiência dos criatórios

Elevação do preço do cereal deixou a ração animal mais cara, exigindo maior eficiência dos criatórios

Em Mato Grosso, a valorização do milho deixou mais cara a ração animal. Com os custos mais altos, produtores de leite e de suínos estão apreensivos.  Para alimentar o rebanho, o produtor Adão Onésio, de Campo Verde (MT), precisa comprar cerca de mil sacos de milho por ano. O cereal é o principal componente da ração fornecida a 40 vacas em lactação, com produção média de 650 litros de leite por dia. Mas a baixa remuneração no preço pago pelo leite não garantiu a compra de todo o estoque necessário. Com quantidade suficiente para mais 60 dias, Onésio vai ter que pagar o dobro para não ficar sem o grão.

A valorização do milho também diminuiu a rentabilidade na fazenda de Rodrigo Mores. Para driblar o aumento dos custos e garantir o alimento de suas 80 vacas, ele intercala pasto e a ração com reforço de outros nutrientes.

Na suinocultura, as consequências da alta do preço do milho também aumentaram os custos de produção. A preocupação do setor é com a futura oferta dos grãos.

  Valdair Martinez, técnico da Cooperativa De Produtores de Leite de Juscimeira (Comajul) comentou que neste momento o produtor vai ter que ser mais eficiente na produção, buscando novas estratégias e planejamento para o ano que vem para não passar por esse período de novo.  

O consultor técnico do Sebrae Fernando Bueno afirma que o pecuarista precisa estar atento a ferramentas que o ajudem a se proteger das altas.  “Ele tem que procurar fazer a produção de forragem ser bastante eficiente, fazer uma silagem de milho com bastante qualidade, e fazer pastagem com bastante qualidade”, diz.

Os laticínios são um pilar fundamental do suprimento mundial de alimentos.

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