De acordo com pesquisadora do Cepea, apesar do aumento nos preços do leite, as altas são um processo de acompanhar os custos elevados de produção da atividade

De acordo com pesquisadora do Cepea, apesar do aumento nos preços do leite, as altas são um processo de acompanhar os custos elevados de produção da atividade

O preço do leite captado em junho é recorde na série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O valor chegou a R$ 2,31, com alta de 5% na comparação com o mês anterior e de 21,8% frente ao mesmo período do ano passado.

De acordo com a pesquisadora do Cepea Natália Grigol, a alta no preço do leite não reflete rentabilidade para o produtor. “Essa alta mostra a dificuldade enfrentada no campo em relação aos insumos e não significa rentabilidade para o produtor. Grande parte do aumento desse preço está vinculado aos custos de produção, especialmente a valorização dos grãos e também a desvalorização do Real. O que de um lado ajuda a aumentar as exportações de grão, mas, por outro, diminui disponibilidade interna desse insumo tão importante para a atividade leiteira, encarecendo outros insumos que são importados como adubos, corretivos, sais minerais, de modo geral o preço aumenta para tentar acompanhar a alta do custo. Isso traduz que não é um aumento de rentabilidade mas uma pressão inflacionária de custos de produção”, explica a pesquisadora.

Natália ainda ressalta que o pecuarista vem perdendo poder de compra ao longo do último ano. “O poder de compra do pecuarista reduziu quase 25% em relação ao mesmo período do ano passado. Em um ano o pecuarista perder 25% do poder de compra é um valor muito alto, fator que vem desestimulando a atividade e aumentando o abate de animais, diminuindo o potencial da atividade leiteira a se expandir”, diz.

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