Valor do produto passou a ter alíquota de 17% de ICMS desde 1 de abril de 2022

Valor do produto passou a ter alíquota de 17% de ICMS desde 1 de abril de 2022
Após aumento no preço do leite, supermercados exibem comunicado justificando reajuste aos clientes
Foto: Divulgação/Especial Engeplus
Por Lucas Renan DomingosEm 05/04/2022 às 19:43

Os preços nas etiquetas das prateleiras do leite longa vida nos supermercados ficaram mais caros nos últimos dias. O motivo do aumento é a nova alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que passou a incidir no valor do produto desde a última sexta-feira, dia 1.

Com o objetivo de esclarecer aos clientes as causas dos reajustes nos preços, redes de supermercados da região carbonífera passaram a divulgar junto ao produto um comunicado. O texto afirma que o leite longa vida deixou de fazer parte do rol de mercadorias que compõem a cesta básica e que a alteração resultou no aumento de impostos. Leia abaixo o texto:

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NOTA DE ESCLARECIMENTO

Por decisão exclusiva do Governo do Estado de Santa Catarina, a partir de 01/04/2022, o leite UHT (caixinha) deixou de fazer parte da lista de produtos considerados de uso popular e da cesta básica, tendo sido alterada a alíquota do imposto de 7% para 17%, ocasionando um aumento significativo no preço de venda deste produto

O vice-presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats) para o Sul do Estado, Ricardo Althoff, afirmou que a nota tem como função a transparência com o consumidor. “Não é um aumento feito pelas redes de supermercado. É reflexo não só da variação natural do preço do leite, que acontece por questões econômicas, mas também do acréscimo de ICMS”, ressaltou.

Althoff calcula que na prateleira o preço do litro do leite teve um aumento de R$ 0,40 devido à nova alíquota do imposto. “A previsão é de que este valor suba ainda mais. Estamos chegando no mês de entressafra da produção de leite, que é quando, todos os anos, acontece um aumento tradicional nos preços. Nos últimos ano este acréscimo na entressafra foi entre 7% a 10%. Então, em breve, este reajuste será também repassado ao consumidor, somando-se com a nova alíquota de ICMS”, reforçou.

O reajuste acontece após um projeto de lei de autoria do Governo de Santa Catarina e aprovado pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) no fim de 2021. De acordo com a Acats, a entidade ainda tentou rodas de negociações com os poderes Executivo e Legislativo catarinense para evitar o aumento.

“Nossa entidade fez este alerta ainda no mês de janeiro, logo na divulgação do chamado pacotaço de final de ano enviado pelo Governo do Estado e que a Alesc aprovou, mas não houve ressonância destes dois poderes, o que é lamentável”, frisou o presidente da Acats, Francisco Crestani.

Recentemente a Secretaria da Fazenda de Santa Catarina também divulgou uma nota sobre o caso. Nela o Governo de Santa Catarina defende que vetou o aumento da alíquota. Leia a manifestação do Governo do Estado:

É falsa a informação de que o Governo vai aumentar impostos da cesta básica

Circulam nas redes sociais informações falsas de que o Governo do Estado irá aumentar o ICMS sobre produtos da cesta básica. A alíquota vai continuar em 7%.

O prazo de vigência dessa alíquota reduzida termina em 30 de junho de 2022. Esse prazo foi aprovado pela Assembleia Legislativa (Alesc). O Governo do Estado irá enviar ao parlamento um projeto de lei propondo a manutenção dos 7%. Assim, itens como feijão, arroz, macarrão e farinha não terão aumento de impostos, diferentemente do que afirmam postagens mentirosas com interesses eleitoreiros.

Outra informação distorcida acusa o Governo de propor o aumento do ICMS sobre o leite longa vida. É exatamente o contrário: o Governo vetou o aumento da alíquota para 17% aprovada em dezembro pela Alesc.

Em ano eleitoral, as campanhas de desinformação tendem a aumentar. Por isso, antes de repassar qualquer mensagem, confira a veracidade do teor nas redes sociais do Governo do Estado ou entre em contato com a Secretaria de Estado da Comunicação.

O veto do Governo de Santa Catarina ainda segue em discussão na Alesc e deveria ser votado na última terça-feira, dia 29, mas os parlamentares optaram por adiar a votação para aprofundar o debate do tema. Conforme prevê o estatuto da Alesc, após o adiamento, o veto deve ser votado em um prazo de até dez sessões ordinárias.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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