ESPMEXENGBRAIND
10 set 2025
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Banco do Nordeste aplicou mais de R$ 5 milhões para fortalecer a cadeia do leite no Oeste da Bahia, elevando produção, renda e competitividade.
Investimentos do BNB transformaram a realidade de produtores de leite no Oeste da Bahia, com crédito, tecnologia e cooperativismo.
Investimentos do BNB transformaram a realidade de produtores de leite no Oeste da Bahia, com crédito, tecnologia e cooperativismo.

O Banco do Nordeste investiu mais de R$ 5 milhões na cadeia produtiva do leite no Oeste da Bahia, por meio do Plano de Ação Territorial (PAT) da bovinocultura de leite, vinculado ao Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter).

A iniciativa foi concluída em agosto de 2024, após cinco anos de execução no território da Bacia do Rio Grande, beneficiando diretamente seis municípios da região.

Segundo informações do Banco do Nordeste, o PAT teve como objetivo principal fortalecer a organização dos produtores, ampliar o acesso ao crédito e elevar a competitividade da bovinocultura de leite. Os municípios contemplados foram Barreiras, Angical, Baianópolis, Catolândia, Cotegipe e Wanderley.

Ao longo da execução, mais de R$ 2 milhões foram direcionados ao financiamento de insumos, laticínios e queijarias, fortalecendo toda a cadeia de valor. Um dos destaques foi o índice de adimplência, que se manteve próximo de 100%, sinalizando a eficiência do modelo de crédito adotado.

Impacto direto na vida dos produtores

Entre os beneficiados está o pecuarista Edvaldo Martins, cliente do Banco do Nordeste desde 2004. Com os recursos financiados, ele adquiriu animais, ampliou a estrutura de sua propriedade em Barreiras, implementou irrigação em quase toda a área e passou a adotar pastagem rotacionada e produção de silagem.

“Comecei com apenas dois animais. Hoje, mais do que tripliquei esse número, estou com 17 cabeças de gado leiteiro. Minha propriedade evoluiu muito, e isso só foi possível graças ao apoio financeiro do Banco”, relatou o produtor.

Martins, natural de Barra do São Francisco e residente em Barreiras desde 1989, destacou ainda a transformação social proporcionada pelos investimentos. “Antes eu tinha poucas coisas.

Hoje tenho um carro, moro em uma casa confortável e sou cliente ativo. Meu relacionamento com o Banco do Nordeste também sempre foi excelente”, afirmou.

Cooperativismo e rede de negócios

O PAT reuniu cerca de 23 produtores, que participaram ativamente das ações. Uma das estratégias centrais foi o fortalecimento do associativismo e do cooperativismo.

Seis associações se uniram em torno da Cooperleite – Cooperativa dos Produtores de Leite do Oeste da Bahia, criando uma aliança produtiva que passou a coordenar a coleta, distribuição, negociação de preços e relacionamento com laticínios e queijarias.

Esse modelo permitiu que os produtores alcançassem maior poder de negociação, reduzissem custos com insumos e ampliassem as oportunidades de comercialização. Como resultado, a cadeia produtiva local se tornou mais integrada e eficiente.

Visão institucional

De acordo com o superintendente estadual do Banco do Nordeste na Bahia, Pedro Lima Neto, o PAT da bovinocultura de leite no Oeste baiano é um exemplo claro da importância do Prodeter como instrumento de desenvolvimento regional.

“O PAT da bovinocultura de leite no Oeste é um exemplo de como o Banco do Nordeste atua no desenvolvimento regional. Mais do que financiar, nós trabalhamos lado a lado com os produtores, fortalecendo associações, incentivando o cooperativismo e criando condições para que a cadeia produtiva se torne mais competitiva.

Os resultados alcançados mostram que, quando há organização e apoio técnico e financeiro, os impactos são visíveis não apenas na produção, mas também na qualidade de vida das famílias e na economia dos municípios”, destacou o gestor.

Transformação regional

A conclusão do PAT em 2024 marcou o encerramento de um ciclo, mas também abriu caminho para novas oportunidades de crescimento sustentável.

Os investimentos do Banco do Nordeste não apenas aumentaram a produtividade da bovinocultura de leite no Oeste baiano, como também geraram impacto positivo no desenvolvimento territorial, fortalecendo associações, promovendo inclusão financeira e melhorando a qualidade de vida dos produtores e suas famílias.

O caso da região da Bacia do Rio Grande demonstra como políticas públicas de crédito, associadas a modelos de organização coletiva, podem transformar a realidade de cadeias produtivas estratégicas, como a do leite, em estados como a Bahia.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Jornal O candeeiro

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