“No próximo mês e nos meses seguintes, o Brasil vai ter leite e vai começar a reagir de forma bastante agressiva com a queda dos preços. Portanto, prevejo um segundo semestre bastante complicado, difícil e complexo para a indústria de laticínios uruguaia nos próximos meses”, disse Martín Berrutti, gerente comercial da Estancias del Lago, ao Tiempo de Cambio na Radio Rural.
As exportações de laticínios foram de mal a melhor no primeiro semestre do ano. Elas atingiram um patamar em fevereiro e aumentaram continuamente até junho. O principal motor das vendas externas foi o Brasil, de longe o principal comprador entre janeiro e junho, com 57.036 toneladas no valor de US$ 225 milhões. O principal produto para esse destino foi o leite em pó integral.
“Os brasileiros estão a pressionar os preços para baixo e, ao mesmo tempo, a produção tem vindo a crescer, pelo que os industriais estão a pressionar os preços para baixo”, comentou Berrutti. “Olhando para o futuro, as perspectivas são cinzentas”, disse ele.
“Estamos a assistir a algumas barreiras tarifárias”, disse Berrutti. “O quadro que estamos a ver daqui para a frente é complexo.
Além do Brasil, os desafios crescem também na China. No GDT a participação daquele país como comprador de leite em pó integral vem caindo e no último leilão foi de 15%, a menor dos últimos 10 anos, disse Berrutti, quando costuma comprar de 37% a 45% em média.
“A COMPRA DA CHINA VEM DESACELERANDO. ISSO TAMBÉM É UMA NOTÍCIA MUITO RUIM. E A CHINA TEM HOJE UMA FORTE PRODUÇÃO INTERNA QUE A PRESSIONA.
A China ficou em quarto lugar como comprador de produtos lácteos locais no primeiro semestre do ano. Em maio e junho registou os volumes mensais mais baixos.
*Traduzido e adaptado para eDairyNews
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