Governador do Maranhão atendeu reivindicação da FIEMA em prol do setor de leite e derivados. Decreto assinado em 01/11 reduz carga tributária e viabiliza investimentos.
ICMS/ST, O decreto restringia a suspensão da ST para operações internas de água mineral ou potável envasada, leite, laticínios e correlatos apenas quando produzidos por estabelecimentos localizados no estado do Rio.

Em resposta a um pleito da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), o governador Carlos Brandão assinou decreto concedendo crédito presumido de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a indústria maranhense de laticínios.

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A medida, assinada hoje (01/11), visa fortalecer o setor e equipará-lo aos benefícios fiscais já desfrutados por concorrentes em outros estados, como a Bahia. A renúncia fiscal decorrente do decreto pode chegar a quase R$ 1 milhão por ano, com base na média da arrecadação dos dois últimos anos.

 

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A lei, que revoga o Decreto nº 39.432, de 10 de outubro de 2024, especifica os produtos beneficiados: leitelho (subproduto da fabricação da manteiga), leite e creme de leite coalhados, iogurte, quefir e outros leites e cremes de leite fermentados ou acidificados (mesmo concentrados, com adição de açúcar ou outros edulcorantes, aromatizados ou com frutas ou cacau); soro de leite (mesmo concentrado ou adicionado de açúcar ou outros edulcorantes); produtos constituídos por componentes naturais do leite (mesmo com adição de açúcar ou outros edulcorantes); manteiga; queijos e requeijão; leite em pó em embalagem de 25kg, leite UHT, creme de leite e leite condensado.

Crédito presumido, equivalente a 100% do imposto

A concessão do crédito presumido, equivalente a 100% do imposto incidente nas saídas dos produtos, é condicionada à opção do contribuinte, à sua regularidade fiscal e cadastral, e ao controle do Serviço de Inspeção Federal, Estadual ou Municipal.

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A medida se baseia no benefício previsto no Decreto nº 13.780/2012 do Estado da Bahia, reconhecido pelo SE/CONFAZ sob o nº 20/2018, e encontra respaldo legal na Lei Complementar Federal nº 160/2017 e no Convênio ICMS 190/2017 do CONFAZ, que permitem a adesão a incentivos fiscais de outros estados da mesma região.

A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), que vinha pleiteando essa medida junto ao governo estadual, comemorou a decisão. O presidente da entidade, Edilson Baldez, afirmou que o crédito presumido proporcionará maior competitividade à indústria local, gerando mais empregos e renda para o Maranhão. “Essa conquista é fruto de um diálogo constante com o governo, que demonstrou sensibilidade para com as demandas do setor”, declarou Baldez.

A expectativa é que o decreto impulsione a produção e o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite no estado. Cláudio Azevedo, presidente do CIEMA e vice-presidente executivo da FIEMA, lembrou que os laticínios locais concorrem com grandes marcas nacionais e que com a medida terão como ofertar produtos mais baratos e de qualidade para a população.

Iniciativa estimulará investimentos na pecuária leiteira

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, disse que a medida visa beneficiar o consumidor com preços mais baixos, os laticínios com maior competitividade e, principalmente, os pequenos produtores, que receberão melhores preços pelo leite e terão acesso a investimentos, como tanques de resfriamento, para melhorar a produção. O governador acredita que a iniciativa estimulará investimentos na pecuária leiteira, gerando mais empregos e renda no estado.

 

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De acordo com dados da Secretaria Estadual da Fazenda (SEFAZ), a renúncia fiscal decorrente do decreto pode chegar a quase R$ 1 milhão por ano, com base na média da arrecadação dos dois últimos anos mais a inflação projetada para 2024. Em outras palavras, esse é o montante que as empresas do setor de leite deixam de pagar em impostos e podem investir na melhoria da produção.

Mobilizados pelo presidente do Sindileite, Ricardo Ataíde, muitos empresários do setor vieram a São Luís acompanhar a assinatura do decreto. Marla Pereira, do laticínio Bethe, de Açailândia, disse que as indústrias maranhenses têm potencial para desenvolver cada vez mais a cadeia produtiva do leite, que é de extrema importância para o estado.

Allysson Nordhan, representante do Laticínio Vale do São Francisco, de São Francisco do Brejão, considera o decreto de redução do ICMS um grande incentivo em um período de crise e defende políticas públicas para o setor. Já Maria do Socorro Tenório Rolim, responsável técnica de vários laticínios, falou que a redução da carga tributária permite que os recursos sejam realocados para melhorar outros aspectos da cadeia produtiva.

Renato Gomes Vieira, do Laticínio Pioneiro, em Imperatriz, disse que a redução do ICMS deixa os produtos maranhenses em melhores condições de concorrer com os de outros estados e que isso impacta positivamente no preço pago aos produtores e para o consumidor.

* Fonte: Governo do Maranhão

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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