Por mais um mês, os preços pagos pelo leite, em Minas Gerais, avançaram. O aumento é considerado importante para os produtores, que enfrentam aumentos significativos nos custos.

Segundo uma pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em maio, referente à produção entregue em abril, o produtor mineiro recebeu, em média líquida, 4,17% a mais por litro de leite, que atingiu o valor de R$ 2,57 (US$ 0,52/litro). No ano, cresceu 19%, já que, em janeiro, o preço era de R$ 2,15 por litro.

O setor vem trabalhando com uma margem apertada devido aos altos custos, o que também interfere negativamente no fornecimento de leite, aumentando a disputa por leite entre laticínios e apoiando o aumento de preços.

A situação para os produtores é muito desfavorável. O aumento dos preços do leite em maio e até agora este ano é insuficiente para cobrir os custos, que subiram para níveis muito mais altos. O resultado é desencorajar os produtores, reduzindo a produção e o rebanho e investindo menos. “Em maio, os preços ao produtor subiram cerca de R$0,10, no entanto, quando se observa os custos e a referência dos anos anteriores, o aumento é muito pequeno. Este é um dos piores anos para o produtor de leite”.

Guimarães ressaltou que o resultado da falta de rentabilidade da atividade é a queda na produção. “Tivemos uma queda no volume nacional de 7% e, em Minas Gerais, de mais de 10%. Os custos são muito altos. Avaliando a produção, 60% do custo é de ração animal e todos os insumos subiram. Os fertilizantes, sementes, insumos para concentrados, pré-misturas, eletricidade e combustível também aumentaram. Em uma fazenda, toda operação requer eletricidade e diesel”.

Considerando a média brasileira do Cepea, o valor pago pelo leite aumentou 4,8% em maio, em comparação com o mês anterior, atingindo R$ 2,54 por litro (US$ 0,51/litro). Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 12,4% em termos reais. Assim, desde janeiro, o leite no campo acumula um aumento real de 15%.

A pesquisadora da Cepea Natália Grigol explicou no relatório que o aumento do valor do leite no campo é o resultado da menor oferta, o que intensificou a concorrência entre as indústrias leiteiras para garantir a captura da matéria-prima. “A menor produção de leite é explicada pelos altos custos de produção e a diminuição dos investimentos nos últimos meses, o que reduziu o potencial de recuperação da oferta mesmo diante dos preços mais altos pagos ao produtor”.

Natalia também disse que, embora os gastos com concentração tenham recuado ligeiramente devido às recentes desvalorizações da soja e do milho, o gasto do produtor com ração do rebanho continua elevado. “Outros insumos aumentaram de valor, tais como combustível, medicamentos e suplementos minerais. Como resultado, a margem do produtor de laticínios continuou a estar sob pressão neste primeiro trimestre do ano”.

Outros fatores que contribuíram para o aumento dos preços do leite, segundo a Cepea, são o aumento das exportações e a queda das importações de leite. “A queda das importações e o forte crescimento das exportações em abril reforçaram a concorrência entre as indústrias pela matéria-prima”.

O resultado é o aumento da concorrência pelo leite nas negociações entre empresas. A pesquisa da Cepea mostrou que, em Minas Gerais, o preço médio mensal à vista do leite (entre empresas) subiu 9% de março a abril, em termos reais, atingindo R$ 3,02 (US$ 0,61/litro) no último mês.

Para o próximo pagamento, a tendência é para uma nova alta. Mesmo com o aumento do preço, a oferta é limitada pela menor capacidade de investimento dos agricultores e também pelo período seco, o que reduz a oferta de pastagens.

Do lado das indústrias, embora seja difícil repassar o aumento de preços, os estoques estão baixos e as indústrias voltaram a disputar a compra de matéria-prima na segunda quinzena de maio.

traduzido com – www.deepl.com

A China disse na sexta-feira que ampliaria o escopo de sua investigação antissubsídios sobre as importações de laticínios da União Europeia para abranger outros programas de subsídios da UE, bem como os da Dinamarca, França, Itália e Holanda.

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