O aumento das importações e/ou a diminuição das exportações aumentam a oferta de leite no mercado interno, o que tende a diminuir os preços cobrados pelo produto. A diminuição das importações e/ou o aumento das exportações, por sua vez, reduz a quantidade de leite disponível no país, o que tende a gerar valores mais altos nas negociações para o produto.
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A primeira metade de 2022 foi intensa no mercado internacional de laticínios. Os preços do leite em pó integral, por exemplo, chegaram a quase US$ 5.000/tonelada em meados de março. Este movimento foi ancorado à demanda chinesa e a partir de abril, com a redução da demanda de importação da Ásia, os preços internacionais começaram a cair, atingindo cerca de USD 4.200/tonelada nesta época.
Em termos de incentivos à importação, então, o início do ano não foi muito atrativo para a compra de produtos lácteos estrangeiros, com a abertura de uma janela para a exportação de leite brasileiro. Entretanto, com a queda dos valores do mercado internacional e o aumento dos preços domésticos no Brasil, este incentivo mudou, e estamos vendo agora um aumento da demanda por produtos importados.
No momento, as importações não têm sido maiores apenas devido à baixa disponibilidade de nossos vizinhos do Mercosul. O que podemos dizer em relação a esta questão é que a disponibilidade da Argentina e do Uruguai deve aumentar a partir de agosto, ampliando o espaço para as vendas ao Brasil.
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