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23 jul 2025
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🧀 A planta da Calcar em Tarariras recebeu apenas uma proposta: da Nofrock SAS, que já opera temporariamente e busca retomar a produção.
Calcar. A possível compra por parte da Nofrock SAS representa, para muitos, uma luz no fim do túnel.
A possível compra por parte da Nofrock SAS representa, para muitos, uma luz no fim do túnel.

A tão esperada licitação para a venda da planta da Calcar em Tarariras teve nesta segunda-feira (21) um único interessado: a distribuidora local Nofrock SAS, que já realiza a operação temporária da unidade.

A proposta apresentada gira em torno de US$ 3,5 milhões, valor que agora será analisado pelas autoridades competentes.

Segundo os trâmites do processo, há um prazo de cinco dias úteis para verificar a conformidade legal da proposta. Se tudo estiver em ordem, o caminho fica aberto para a adjudicação formal e definitiva da planta.

A Calcar (Cooperativa Andina Limitada de Colônia), que até abril operava com dificuldades, encerrou suas atividades em 2 de abril e entrou em processo de concurso de credores no fim do mesmo mês.

A falta de matéria-prima — ou seja, leite — foi um dos principais obstáculos que a unidade enfrentou para manter sua operação.

A possível compra por parte da Nofrock SAS representa, para muitos, uma luz no fim do túnel. A empresa é conhecida no setor por sua atuação no interior do Uruguai, com forte presença na distribuição de produtos lácteos e operando atualmente a planta de forma provisória, enquanto se aguardava uma solução definitiva para a unidade.

“Desde ALTRAC estamos muito contentes e agradecidos com este processo que se deu, com um projeto promissor que hoje inclui mais de 60 trabalhadores, mas que aspira a mais do dobro”, declarou Washington Marzat, dirigente da Associação de Trabalhadores de Calcar (ALTRAC), ao portal Conexión Agropecuaria.

A perspectiva da duplicação dos postos de trabalho dá novo fôlego à comunidade de Tarariras, fortemente impactada pelo fechamento da planta.

O local já foi um polo relevante de processamento de leite no país e sua reativação é considerada estratégica para o setor lácteo uruguaio.

Durante o mês de maio, os empresários locais interessados no ativo reuniram-se com autoridades do Instituto Nacional do Leite (INALE), buscando apoio institucional e viabilidade técnica para o projeto de recuperação da planta.

A expectativa agora é de que, com a formalização da venda à Nofrock, seja possível recuperar gradativamente o fornecimento de leite e reativar a cadeia produtiva, beneficiando produtores, trabalhadores e distribuidores da região.

A situação da Calcar também tem servido como alerta para a necessidade de fortalecer a articulação entre produtores de leite, indústrias e o Estado uruguaio, especialmente diante da crescente pressão de mercados internacionais e das dificuldades enfrentadas pelas cooperativas tradicionais.

Se a proposta for aprovada, a planta de Tarariras pode voltar a ser um símbolo de resiliência produtiva no setor lácteo uruguaio — agora sob uma nova gestão, mas com os mesmos desafios estruturais que o setor enfrenta em todo o Cone Sul.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Blasina y Asociados

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