A produção de leite no Espírito Santo apresentou um aumento expressivo de 5,74% em 2023, segundo o IBGE, subindo de 345,2 milhões de litros em 2022 para 365,1 milhões de litros.
Nova fábrica de laticínios em Alfredo Chaves
Nova fábrica de laticínios em Alfredo Chaves.
A produção de leite no Espírito Santo apresentou um aumento expressivo de 5,74% em 2023, segundo o IBGE, subindo de 345,2 milhões de litros em 2022 para 365,1 milhões de litros.

Paralelamente, a captação de leite pelas cooperativas agropecuárias capixabas também registrou forte recuperação, com crescimento de 10,9% no volume captado, após a queda de 12% entre 2021 e 2022.

O volume total captado se aproximou dos níveis de 2021, fechando em 154,9 milhões de litros. Cooperativas de laticínios como Clac (Alfredo Chaves), Colamisul (Mimoso do Sul), Nater Coop e Selita foram responsáveis pela captação desse volume.

 

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Entre os municípios com maior captação destacam-se Presidente Kennedy (11,6%), Mimoso do Sul (10,1%), Cachoeiro de Itapemirim (9,7%), Castelo (7,9%) e Itapemirim (7,4%). Outros municípios como Muniz Freire (6,6%), Alegre e Alfredo Chaves (5,1%), Atílio Vivácqua (3,6%) e Anchieta (3,2%) também contribuíram de forma relevante.

Em relação ao destino do leite captado em 2023, o setor agropecuário capixaba direcionou 84,8% para industrialização própria, 10,6% foi vendido para indústrias e 4,6% para outras cooperativas. No entanto, o preço médio por litro, praticado pelas cooperativas, foi de R$ 1,97 em 2023, 11,07% abaixo do valor de 2022, em razão de uma queda de 21,1% no menor preço praticado, apesar do preço máximo ter subido 1,5%.

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Além da captação, as cooperativas tiveram incremento de receita em outras operações. Lojas agropecuárias registraram um aumento de 7,9% nas vendas, e os supermercados apresentaram o maior crescimento, com alta de 117,9%. Já a produção de borracha (heveicultura) cresceu 18,6%, enquanto as fábricas de ração tiveram queda de 13,8%.

Para Pedro Scarpi Melhorim, presidente do Sistema OCB/ES, o crescimento do cooperativismo agropecuário capixaba reflete a relevância do setor no estado.

“O ramo agropecuário é um dos mais pujantes do cooperativismo capixaba, e a produção de leite é destaque. Prova disso é que, em 2023, as cooperativas foram responsáveis por 61,4% da captação de leite no estado. O aumento da capacidade de industrialização da matéria-prima, por meio da construção ou modernização das indústrias, têm reflexo nessa elevação do índice do volume captado. Junto a isso, vemos o interesse crescente das cooperativas em inovar e expandir o mix de produtos”, afirmou Melhorim.

Os dados mostram que 75% dos cooperados do setor leiteiro são pequenos produtores, com produções de até 200 litros diários, enquanto apenas 2,6% produzem mais de 2 mil litros por dia. Com uma produção diária de cerca de 1 milhão de litros no Espírito Santo, o setor gera aproximadamente R$ 727 milhões anuais e emprega cerca de 10 mil produtores, sendo a segunda maior atividade rural do estado, atrás apenas do café.

 

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No entanto, a produção de leite no Espírito Santo enfrenta desafios, como a baixa produtividade em algumas propriedades, que resulta em capacidade ociosa na indústria de laticínios capixaba. Para reverter esse quadro, o Governo do Estado lançou, em agosto de 2023, o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cadeia do Leite, voltado a aumentar a produtividade das propriedades e alcançar a autossuficiência do setor.

Em 2023, o Espírito Santo captou 252,3 milhões de litros de leite, sendo 154,9 milhões captados pelas cooperativas, o que representa 61,4% da captação total no estado. Vale destacar que esse dado se refere ao volume de leite captado, e não ao total produzido, que somou 365,1 milhões de litros.

O Acordo Mercosul-UE abre novas oportunidades para a indústria láctea brasileira, com eliminação de tarifas e desafios regulatórios em sustentabilidade e segurança alimentar.

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