Unidades em Uberlândia exigiram R$ 150 milhões em investimentos e são voltadas à fabricação de produtos customizados, de acordo com a necessidade dos clientes

Unidades em Uberlândia exigiram R$ 150 milhões em investimentos e são voltadas à fabricação de produtos customizados, de acordo com a necessidade dos clientes

A Cargill, maior multinacional privada na área de nutrição animal, inaugurou nesta quinta-feira (25/4) duas plantas no complexo da empresa em Uberlândia (MG). As novas fábricas e a implantação de estação de tratamento de água exigiram investimentos da ordem de R$ 150 milhões. Com as plantas voltadas ao processamento de amido modificado e de ração úmida (wet feed) para gado de leite e de corte, a cidade mineira se consolida como o maior site da empresa fora dos Estados Unidos.

Ao todo, o complexo abriga cinco fábricas, sendo três destinadas ao processamento de soja, amido e ácido cítrico.

Cargill (Foto: Mauro Marques)

A fabricação de ração úmida na nova planta da Cargill tem a proposta de personalizar a dieta dos bovinos, tanto de confinamento quanto os leiteiros, conforme as especificidades de cada pecuarista. Agora, a empresa oferece rações prontas para consumo pelos animais, separadas em sacos de em média 1 mil kg. As unidades não exigem armazenamento especial, podendo ser depositadas à céu aberto, desde que as embalagens sejam mantidas fechadas, e tem validade de até um ano.

Somente o investimento na fábrica de ração animal, pensada com as premissas de praticidade e conveniência, foi de R$ 35 milhões. A produção esperada por ano para esta unidade é de 60 mil toneladas, com possibilidade de ser dobrada.

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Já a planta de modificação de amido, cujos investimentos foram de R$ 80 milhões, visa atender os pequenos e médios produtores do triângulo mineiro e da região de Paranaíba (MS). A estrutura, que agrega à já existente processadora, tem capacidade para produzir 30 tipos de amido.

Segundo o diretor do negócio de amidos, adoçantes e texturizantes da Cargill, Laerte Moraes, os chamados functions systems, isto é, a customização dos produtos de acordo com a necessidade dos clientes é uma tendência do mercado.

Cargill (Foto: Mauro Marques)

Foi a partir dessa reconfiguração comercial que a empresa decidiu investir mais em Uberlândia. “A indústria de nutrição tem, hoje, o desafio de fracionar o produto para ter flexibilidade, atender a variedade e agregar valor ao produto. O cliente mudou, tem preferências únicas e a indústria precisa acompanhar essa mudança”, explica.

Sustentabilidade

A Cargill também lançou, nesta quinta-feira, seu novo projeto de reutilização de água residual. O objetivo é reduzir o consumo de água potável em 30% e, para isso, foram investidos R$ 40 milhões.

O projeto consiste em utilizar membranas filtrantes nas torres de resfriamento para purificar a água que resulta dos processos industriais do complexo de Uberlândia e torná-la apta para ser reusada. A economia prevista é 2,5 milhões de litros de água por  dia, quantidade suficiente para abastecer uma cidade de 17 mil habitantes.

Cargill (Foto: Mauro Marques)

Os investimentos da Cargill fazem parte de um plano de US$ 1,4 bilhão em aportes já realizados no Brasil pela empresa nos últimos sete anos. A companhia tem 11 mil funcionários no país, sendo 1700 na cidade do Triângulo Mineiro. “Esses números só representam nosso compromisso em contribuir com a nutrição mundial, mostra nosso compromisso com o Brasil”, pontuou o presidente Luiz Pretti, que participou das inaugurações em Minas Gerais.

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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