Diferente do Brasil, onde biocombustíveis são tratados como a saída para a crise climática, a invenção foi recebida com frio ceticismo na sua terra natal. “A solução do Príncipe Charles para descarbonizar seu Aston Martin usando uma mistura de bioetanol feita com restos de queijo e vinho não deve ser confundida uma solução séria para descarbonizar veículos”, reclamou Greg Archer, diretor do braço britânico da ONG T&E (Transport and Environment, “transporte e ambiente”), ao Guardian. “Em larga escala, os biocombustíveis fazem mais mal que bem, incentivando desflorestamento e uso de terra que piora a crise climática.”
Dr. Chris Mallins, especialista em combustíveis alternativos e sustentabilidade, falou também ao Guardian e disse que Charles é um ecologista de “butique”. “O Reino Unido tem uma política que está se empenhando de forma relativamente agressiva pelo desenvolvimento de mais tecnologia que, se não queijo e vinho, pode usar outros elementos, ainda que restos de alimentos sejam limitados. É preciso tecnologia mais avançada.”
Na mesma conversa com a BBC, o príncipe falou de outras ideias suas sobre o ambiente. “Eu não tenho comido carne e peixe por dois dias da semana e não como laticínios um dia por semana. Se mais pessoas fizessem isso, você diminuiria em muito a pressão [no ambiente]”.