A integração com a comunidade do queijo foi fundamental para a Queijaria Estância Vó Zilda.
Cristiane Vicente -Estancia Vó Zilda

Com dedicação, perseverança e inovação empreendedora, Cristhiane Vicente Nantes Santos e Isaac Santos Neto decidiram seguir seus próprios passos no mundo dos negócios após Cristhiane ser desligada do seu trabalho, em 2015. Foi assim que surgiu a história da Queijaria Estância Vó Zilda, que inovou caminhos para empreender com a busca incessante por novas técnicas, melhoria contínua e o apoio do Sebrae/MS.

No início da trajetória, Cristhiane vendia queijos que seus pais produziam em casa. Quando chegou a comercializar 30 itens por semana, sua mãe sugeriu que ela começasse a produzir seus próprios produtos. “Quando eu era criança, eu ajudava minha mãe a fazer o queijo, meus avós, mas eu só ajudava, não tinha muito conhecimento. Mas, aí comecei a fazer meus próprios queijos. Lembro que a primeira remessa deu 96 quilos”, detalhou a empreendedora.

A partir de então, a produção foi aumentando, até que chegou a hora de buscar a certificação para a produção de queijos. Na ocasião, Cristhiane e o esposo Isaac participaram da incubadora de alimentos da Prefeitura Municipal de Campo Grande, onde puderam aprimorar suas técnicas e crescer gradativamente.

“A gente começou a produzir na incubadora. Aí a gente trazia o leite da fazenda, em um caminhão de transporte apropriado. Em um ano e pouco, um ano e meio, passamos de três para 11 produtos. E sempre buscando aprender mais, aperfeiçoar as técnicas e melhorar a qualidade dos produtos”, contou Cristhiane.

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Caminhos para empreender

A integração com a comunidade do queijo foi fundamental para a Queijaria Estância Vó Zilda. Eles participaram de uma vivência do Queijo Canastra, além de cursos em São Roque de Minas (MG) e visitas a produtores renomados da região. Neste período, inscreveram dois exemplares de seus queijos na Expo Queijo, um evento mundial em Minas Gerais. Os inscritos foram um maturado de 60 dias e um queijo coalho temperado com tomate seco, orégano, manjericão e pimenta rosa. Foi quando receberam um feedback valioso.

“Tivemos a nossa ficha de avaliação do nosso queijo, foi um feedback, e não fomos bem, mas a gente começou a direcionar o nosso produto. O que eu precisava melhorar, o que eu precisava aperfeiçoar, qual técnica que eu ia ter que modificar para a gente conseguir uma pontuação melhor”, enfatizou Cristhiane. Ao longo do processo, o casal de empreendedores enfrentou dificuldades que levaram meses para serem superadas, como o caso do coalho temperado e coalho tradicional, que exigiram seis meses de testes até que o produto alcançasse o ponto ideal.

queijo

Comunidade do queijo no Pará. A persistência e resiliência foram fundamentais para que o casal conseguisse alcançar a qualidade que tem em seus produtos atualmente. Eles perceberam que era necessário um controle rigoroso de temperatura e maturação para obter o resultado esperado.

“A gente foi se desenvolvendo e percebemos que o queijo tinha que ter uma maturação elevada para dar um bom resultado final, tinha que ter um controle de temperatura para ter uma cremosidade. Então assim, foram vários desafios, várias massas que não deram certo. O requeijão caipira também foi um que perdi várias massas até a gente atingir o ponto da receita atual. Foi algo de muita persistência e resiliência para a gente conseguir ter a qualidade dos produtos que nós temos hoje”, salientou a empresária.

Apoio do Sebrae

Cristiane e Isaac participaram de um curso gratuito ofertado para produtores rurais na capacitação itinerante Rota Rural, ação do programa Juntos pelo Agro, desenvolvido pelo Sebrae/MS e Sistema Famasul, por meio do Senar MS. Durante a iniciativa, o casal aprendeu a reaproveitar o soro, um item que antes era descartado.

“A gente já tinha tentado fazer ricota, e ela não dava um bom rendimento, ficava uma massa seca. No Rota Rural, aprendemos uma técnica diferenciada, que deu cremosidade na ricota e um volume de sólidos”, conta Cristiane. “Conseguimos tirar uma margem de renda, agregar uma renda na queijaria com o soro, que era descartado de outras formas. Foi muito válido”, complementa.

Além disso, a Queijaria Estância Vó Zilda participou do evento Mundial de Queijo em São Paulo, em setembro de 2022, viabilizada pelo Sebrae/MS. O casal inscreveu dois queijos: o coalho temperado e o queijo maturado na cachaça de cerejeira.

Ao longo do tempo, Cristiane e Isaac superaram diversos desafios na produção dos queijos, como a busca por novas técnicas e o desenvolvimento de novos produtos. No entanto, a persistência e a resiliência do casal resultaram em produtos de alta qualidade e sabor, que hoje são reconhecidos por seus clientes.

Para mais informações sobre as ações do Sebrae/MS, entre em contato pela Central de Relacionamento, no número 0800 570 0800.

Fonte: Ascom Sebrae/MS

 

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