Dia Mundial do Queijo celebra iguaria que é símbolo da cultura e gastronomia mineira.
queijo
A técnica de fabricação foi trazida por portugueses, mas os produtores mineiros aprimoraram e desenvolveram métodos únicos de produção, criando um queijo de qualidade incomparável. (Ph:St)

No dia 20 de janeiro, o mundo celebra o Dia Mundial do Queijo, data que destaca a importância desse alimento milenar que é um dos símbolos da cultura e gastronomia de Minas Gerais.

Em Belo Horizonte, o Centro de Referência do Queijo Artesanal, inaugurado em 2023, é um espaço único no país de valorização da cozinha mineira, seus saberes e sabores, com foco no queijo artesanal.

Com ambiência imersiva e curvas inspiradas nas serras de Minas, o espaço multiuso une tradição e inovação em uma exposição permanente que conta a história da produção queijeira do estado, possui uma sala de aula com cozinha didática, a primeira biblioteca especializada na cultura e gastronomia de Minas e uma loja colaborativa de produtos mineiros.

Está localizado no novo Shopping Espaço 356, no bairro Olhos D’Água, e recebe escolas agendadas e visitantes que queiram aprender um pouco mais sobre a iguaria.

“Reunimos grandes especialistas e produtores de queijos artesanais mineiros para estimular a produção e fomentar ainda mais o mercado da gastronomia em Minas Gerais. Atuamos na difusão do conhecimento, formação de consumidores informados, promoção de eventos e discussões sobre cultura e gastronomia, além da formação profissional”, destacou Sarah Rocha, diretora executiva e fundadora do CRQA.

“Temos em Minas, cerca de 8 mil famílias que se envolvem na produção do queijo artesanal de leite cru e isso movimenta recursos financeiros em vários municípios em todas as regiões. Sabe-se que na região da Canastra, municípios como Medeiros vivem em função do queijo, assim como na região do Serro, a cidade de Materlândia é outro local onde o queijo tem uma expressão econômica muito forte. Socialmente, os produtores se agrupam em associações e isso faz com que haja um grande movimento das pessoas na produção e comercialização do queijo”, disse Elmer.

Segundo ele, Minas tem se destacado no cenário internacional, ganhando muitos prêmios, principalmente na Europa, “o que tem valorizado ainda mais a nossa produção local”, completou.

Mais sobre o Queijo Minas Artesanal

A técnica de fabricação foi trazida por portugueses, mas os produtores mineiros aprimoraram e desenvolveram métodos únicos de produção, criando um queijo de qualidade incomparável. Atualmente, são 15 regiões reconhecidas em Minas, pelo modo de fazer do Queijo Minas Artesanal.

Em 2008, o queijo Minas artesanal de leite cru foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco foi oficializada em 2022 e reforçada no ano passado pelo Governo de Minas. Se confirmado, este será o primeiro produto da cultura alimentar do Brasil a ter o título.

O Centro de Referência do Queijo Artesanal e o Instituto de Hospitalidade e Artes Culinárias – INHAC contam com patrocínio da Gerdau, Claro, Cemig, Ventana Serra, Grupo EPO, Macom, CBMM, Espaço 356, JAM Engenharia de Ar Condicionado, GEOSOL, Cook Cozinhas e Ambientes, Infinito Vidros, SDS Siderúrgica. A realização é do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

 

 

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