Espaço será inaugurado nesta quarta (15) e terá escola de gastronomia para pessoas em situação de vulnerabilidade.
Um centro de interpretação do Queijo Artesanal Minas no hall de entrada — Foto: Edy Fernandes/Divulgação
O primeiro shopping lifestyle da capital mineira, que leva o nome da BR onde está localizado, a 356, ainda nem foi inaugurado, mas abriga sua primeira “experiência”: o Centro de Referência do Queijo Artesanal, um projeto de mãe e filha, Carmen e Sarah Rocha. Nesta terça-feira (14), 30 convidados, entre autoridades, empresários e jornalistas, foram blindados com um jantar preparado pelo chef Leo Paixão.
Nesta quarta-feira (15) acontece a inauguração oficial do CRQA. A proposta do espaço é valorizar a cozinha mineira, seus saberes e sabores. Mas o público só poderá conhecer o espaço a partir do dia 10 de abril.
O hall de entrada é belissamente ocupado por um espaço interpretativo do Queijo Minas Artesanal (QMA), com painéis narrando sua história e as principais regiões produtoras. Há, ainda, um pequeno palco para apresentações. Vergalhões de aço curvilíneos se inspiram nas serras mineiras e conferem ao espaço amplo e bem iluminado um tom de modernidade. Outras salas contíguas, como se formassem um corredor até o restaurante, abrem-se para uma mostra de artesanato e uma loja colaborativa de produtos tipicamente mineiros, entre eles, claro, o queijo e a cachaça. Até o vinho servido no coquetel tem Minas no nome.

Projeto

O projeto é assinado pelo arquiteto José Lourenço. A área de 750 m² terá ainda sala de aula com cozinha didática, a única biblioteca especializada na cultura e gastronomia de Minas e um espaço multiuso de 200 lugares para receber eventos culturais e educativos. A exposição permanente sobre o queijo é da museóloga Célia Corsino. Ela fez uma pesquisa sobre a produção queijeira no Estado, os modos de fazer (candidato à Patrimônio da Humanidade) e como se ele reflete na cultura do povo, além de revelar as particularidades das regiões.
“O queijo representa tradição e inovação em Minas Gerais. Tradição, porque tem uma história de mais de 300 anos que se confunde com a do próprio Estado, além de ser símbolo do bem receber, do território e da gastronomia. E inovação que vem com o investimento na produção, que resulta em queijos cada vez mais ricos e acaba abrindo mercado para uma série de outros produtos artesanais de excelência. E o centro vem valorizar isso tudo”, afirma a diretora executiva do CRQA, Sarah Rocha, que carrega a tiracolo a mãe Carmen e seu acalentado sonho.

Presença em feiras

Para embasar e nortear todas as ações e atividades, o Centro de Referência do Queijo Artesanal reuniu um comitê científico e cultural multidisciplinar, com profissionais referência em suas áreas. Participam o jornalista especializado em gastronomia Josimar Melo, a museóloga Célia Corsino, o antropólogo da alimentação italiano Ernesto di Renzo e o jurado em concursos de queijos Elmer Almeida. “Nosso comitê é a garantia de sinergia com as últimas tendências e correntes da gastronomia”, destaca Sarah.
Neste ano, Sarah Rocha e seu CRQA participaram da comitiva na 17ª Sessão do Comitê Intergovernamental para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, em Rabat, no Marrocos, levando o queijo para ações de sensibilização da comunidade internacional para o pleito pelo título de patrimônio da humanidade para “Os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal”. O Centro também foi representar Minas na feira Madrid Fusión, na Espanha, no início deste ano, e na feira de turismo Anato, na Colômbia.

Inhac

Junto ao Centro de Referência do Queijo Artesanal, deve nascer o Instituto de Hospitalidade e Artes Culinárias (Inhac), uma escola de gastronomia de padrão internacional que irá formar novos cozinheiros. O projeto é voltado para  jovens que estejam em situação de vulnerabilidade social, de 15 a 18 anos, em especial os que residem em abrigos.
Anualmente, serão ofertadas 80 vagas gratuitas para o curso profissionalizante de 960 horas/aula, reconhecido pelo Conselho Estadual de Educação. O projeto inclui desde prática e técnicas de gastronomia internacional até a história dos queijos, antropologia da alimentação e gestão de negócios. A primeira turma começa no segundo semestre de 2023.
O Inhac contará com duas cozinhas-laboratório didáticas integráveis, equipamentos e utensílios padrão de mercado, biblioteca de gastronomia, salas de aula, mezanino gourmet e área de convivência. A escola leva a assinatura do chef Leo Paixão, do reality global “Mestre do Sabor” e  proprietário do premiado Glouton, já eleito um dos 50 melhores restaurantes da América Latina, o mesmo que fez o jantar para os convidados citado no início desta matéria.

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