Durante o Summit ESG 2025 da Exame, a certificação B ganhou verdadeira centralidade como elemento estratégico para corporações que buscam alinhar propósito e performance.
No painel dedicado ao tema, executivos ressaltaram que o reconhecimento como Empresa B fortalece credibilidade e impacto social, ambiental e de governança.
O evento, que ocorreu em São Paulo em 25 de junho de 2025, reuniu líderes como Mário Rezende (Danone), Cinthia Gherardi (Sistema B Brasil) e Fernanda Facchini (Natura), participantes do debate sobre benefícios competitivos, impacto e propósito das Empresas B.
Conforme explicou o painel mediado por Onara Lima, ser Empresa B significa demonstrar compromisso concreto com práticas sustentáveis, além de estimular confiança entre investidores e stakeholders.
Por que a certificação B faz a diferença
A certificação Empresa B, concedida pelo Sistema B, avalia empresas em cinco dimensões: governança, trabalhadores, comunidade, meio ambiente e clientes.
Trata-se de um processo rigoroso — com cerca de 200 perguntas — e exige pontuação mínima de 80 pontos. A abordagem reforça transparência e propicia ajustes contínuos a partir de feedbacks.
Para empresas que atuam no setor de lácteos e agroindústria — foco da eDairyNews — a adoção da certificação B pode impulsionar práticas sustentáveis na produção, logística e embalagem, contribuindo para posicionamentos mais sólidos frente ao consumidor consciente e investidores institucionais.
ESG e certificação B: sinergia em evidência
No Summit ESG, o tema da certificação B dialogou diretamente com discussões sobre cadeias sustentáveis, economia circular e transparência corporativa.
Grandes empresas estiveram representadas em outros painéis, destacando a importância de alinhar discurso e ação como requisitos de legitimidade no mercado contemporâneo.
Também foi reforçada a necessidade de colaboração entre empresas certificadas e PMEs, ampliando alcance de projetos de impacto — uma estratégia essencial para escalar práticas ESG no país.
Relevância para o setor lácteo e agroindustrial
Para o mercado lácteo brasileiro, o fortalecimento da certificação B representa uma oportunidade de incorporar modelos de gestão sustentável, desde o cuidado ambiental até o respeito aos trabalhadores e comunidades rurais.
Empresas de embalagens sustentáveis — como Ypê, patrocinadora do evento — também são fundamentais nessa cadeia, mostrando sinergia entre práticas ESG e inovação no setor agroindustrial.
Conclusão
O Summit ESG 2025 da Exame evidenciou que a certificação B tem se consolidado como veículo eficaz de transformação corporativa e confiança.
Ao destacar esse selo como elemento central da estratégia empresarial, o evento confirma sua relevância para empresas maduras e emergentes — especialmente para aquelas ligadas ao setor leiteiro e agroindustrial, que buscam equilibrar sustentabilidade e crescimento econômico.
*Adaptado para eDairyNews, com informações de Exame