A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou nesta semana três painéis do Projeto Campo Futuro para levantar os custos de produção da pecuária de leite no Paraná.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou nesta semana três painéis do Projeto Campo Futuro para levantar os custos de produção da pecuária de leite no Paraná. Os encontros virtuais contaram com o apoio de pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e a participação de produtores rurais e representantes de sindicatos dos municípios de Castro, Cascavel e Toledo.
Conforme o assessor técnico da CNA, Guilherme Dias, resultados preliminares revelaram que, de maneira geral, o concentrado é o principal item dos custos de produção, representando cerca de 40% do Custo Operacional Efetivo (COE) da atividade leiteira.
O levantamento de custo no município de Toledo foi realizado na sexta (18/06). No município, predomina a produção em pequenas propriedades, de 25 hectares, com produção diária de 700 litros de leite de uma ordenha de 41 animais. De acordo com Dias, a mão de obra é predominantemente familiar e o sistema de produção é semiconfinado.
“A alimentação do rebanho foi o item que mais pesou no bolso do produtor, com a ração concentrada comprometendo cerca de 43% da receita da atividade“, explicou.
Já os produtores de Cascavel participaram do levantamento de custo na quinta (17/06). Durante o painel, foi relatada a evasão da atividade por parte dos produtores com dificuldades de escala, em função dos elevados custos de produção.
O rebanho desses pecuaristas está sendo absorvido por produtores que têm investido na produção e possuem rebanho médio em torno de 70 vacas em lactação em propriedade modal de 50 hectares.
“Os produtores informaram que nos últimos anos também tem havido a migração do sistema produtivo semiconfinado para o sistema de compost barn. Entretanto, esses investimentos não se traduziram em maiores rentabilidades em razão das adversidades climáticas”, pontuou o assessor.
Em Castro, o painel realizado na quarta (16/06) apontou que a alta tecnologia está presente na maior parte das propriedades leiteiras. A produção diária fica em torno de 5.500 litros, com cada animal, dos mais de 180 em lactação, produzindo 30 litros de leite por dia.
“Comparando ao painel realizado em 2017, percebemos que a inflação dos preços ao homem do campo culminou em aumento de cerca de 50% no valor imobilizado na propriedade leiteira. Nas fazendas da região os custos com alimentação giraram em torno de 58,4% do COE”.
De acordo com o assessor técnico da CNA, o valor recebido pelo leite cobriu os desembolsos dos produtores em todas as regiões pesquisadas. Contudo, as margens da atividade seguem apertadas.
“Ao calcular a margem líquida, surge a preocupação quanto à capacidade de manutenção da atividade no médio prazo. Com relação aos custos totais, nenhum dos sistemas produtivos foi capaz de suplantar tais custos”, ressaltou.

A a2 Milk Company (a2MC) anunciou que a obtenção de mais registros de rótulos na China e o desenvolvimento de sua própria capacidade de fabricação

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