Com o aumento do preço do leite no país, muitos brasileiros tiveram de abrir mão de comer queijos e iogurte com a mesma frequência com que consumiam
A inflação aumentou de novo — 0,72% , a maior em 17 anos, e seu impacto no preço dos produtos, inclusive dos alimentos, afeta diretamente o bolso dos brasileiros.
Um dos alimentos que ficaram mais caros é o leite, consequentemente, seus derivados também.
De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da USP (Universidade de São Paulo), o preço do litro do leite teve alta acumulada de 34% entre janeiro e junho.
Seguindo a inflação, o leite de caixinha na região ficou 5,34% mais caro, enquanto o queijo encareceu, em média, 6,38%, segundo dados do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais).
O clima muito seco no inverno também encarece a produção de leite e outros produtos.
A ida ao mercado tem exigido sabedoria ao escolher as prioridades. “Deixei de comprar iogurte por causa do valor, tomava todo dia de manhã”, relata o assistente de logística Kaona Bernardes, de 33 anos.
“Pagava em torno de R$2,50, no máximo R$3,00, porque sempre compro em atacado, onde é mais barato. Mas, de uns tempos para cá, subiu mais de 50%, já cheguei a flagrar até 100% mais caro”, continua.
A situação não está melhor na compra do queijo. “De vez em quando, compro queijo mozarela no mercado, que por sinal, está absurdo de caro também. Do queijo prato eu já larguei mão, porque nem compensa. Troquei por frutas e granola, que, (com grãos em geral), aumentou de preço também”, desabafa o consumidor.