Você sabe por onde começar o “piqueteamento” do pasto da sua propriedade? Conhece as vantagens que este sistema pode proporcionar aos rendimentos do seu rebanho?
Criação de animais na zona da mata em Jequié, sudoeste da Bahia. Foto: Mário Bittencourt / Bapress Jequié (BA), em 10 de outubro de 2012
Você sabe por onde começar o “piqueteamento” do pasto da sua propriedade? Conhece as vantagens que este sistema pode proporcionar aos rendimentos do seu rebanho? Foram estas e outras respostas que o engenheiro agrônomo Marcelo Augusto Nogueira trouxe no Bom Dia Senar-MT desta quarta-feira (26).

Técnico de campo do Senar Mato Grosso, Nogueira falou que no Brasil utiliza-se três modelos de pastejo. No contínuo, o pasto não possui divisões e não oferece água ou sombra suficiente para o animal. No pastejo protelado, os animais ficam sete ou mais dias em uma divisão até serem manejados para outra divisão, e assim por diante. Já no pastejo rotacionado, que está ganhando bastante popularidade entre os produtores, as áreas são divididas em vários piquetes que são submetidos a períodos alternados de pastejo e descanso. Os animais ficam um dia em cada piquete. Assim, a tendência é de que o rebanho se alimente melhor e a área seja melhor utilizada.

Dentre as vantagens do pastejo rotacionado, estão o melhor aproveitamento da forragem produzida, devido à maior uniformidade do pasto. Com isso as plantas forrageiras tem melhores condições de competir com as plantas daninhas. A produção de leite por hectare também tende a aumentar. Além disso, a capacidade de lotação do pasto aumenta, podendo chegar a 10 animais por hectare. Outro ponto importante é o menor gasto energético dos animais, já que eles andam menos em busca do alimento.

É importante salientar que na hora de definir como será feito o piqueteamento do pasto, o produtor leve em conta que os bebedouros devem estar posicionados de maneira estratégica. Este planejamento, aliás, requer a ajuda de um profissional da área – medida considerada fundamental por Nogueira. Além da localização dos bebedouros, também deve ser identificado o local mais próximo para a ordenha. A análise do solo também deve ser feita para identificar a eventual necessidade de correções. A escolha da forragem ideal também deve levar em conta o perfil do solo e a expectativas com o rebanho.

Quanto ao tamanho de cada piquete, Marcelo recomenda a utilização de uma planilha que pode ajudar neste dimensionamento. Nela devem ser inseridos dados como a quantidade de animais, o peso, tamanho da área e a forrageira utilizada. Todos esses fatores indicarão o tamanho e a quantidade de piquetes. Outro método é o “quadrado a lanço”. Nos dois casos, ele orienta que todo o trabalho seja feito sob a orientação de um profissional. Vale lembrar que para o produtor que tiver interesse, a Embrapa Agrossilvipastoril disponibiliza a tabela.

Exemplificando como “utilizar” o pasto piqueteado, Nogueira diz que o pecuarista precisa começar a ‘’rodar’’ o rebanho no piquete 1 no fim da segunda ordenha do primeiro dia (se houver 2 ordenhas na propriedade). No próximo dia, após a segunda ordenha, os animais vão para o piquete 2 e assim sucessivamente até completar o ciclo total dos piquetes. vale lembrar que após a saída desse animais de cada lote, o piquete deve ser adubado todos os dias. A altura do capim também é um dos fatores que requer atenção. Confira mais detalhes sobre a instalação do piqueteamento e veja como é possível dar início a este sistema na sua propriedade “sem precisar gastar muito”.

Empresa assumiu fábrica em 2020 e, quase cinco anos depois, comemora aumento não apenas do tamanho da planta, mas de postos de trabalho e de capacidade de processamento de leite.

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