Estudos mais recentes apontam que os produtos lácteos contêm pequenas quantidades de gorduras trans, conhecidas como Ácido Linoleico Conjugado (CLA), que são naturalmente geradas durante o processo de digestão de vacas e outros ruminantes. Essa substância foi reconhecida devido à sua associação com diversos benefícios para a saúde.

O CLA desempenha um papel na prevenção de doenças cardiovasculares, que impede o acúmulo de gordura nas artérias, reduzindo a produção de colesterol, especialmente o colesterol LDL (conhecido como colesterol ruim), triglicerídeos e a pressão sanguínea.

Uma outra pesquisa, realizada pela Sociedade Europeia de Cardiologia aponta que, com a exceção do leite, comer laticínios aumenta a longevidade e protege contra a mortalidade relacionada a problemas cerebrovasculares (como AVCs).

O estudo, que durou seis anos, contou com a participação de 24.474 adultos, os quais tinham uma idade média de 47,6 anos. Os pesquisadores descobriram que o consumo de laticínios foi associado ao menor risco de mortalidade, e o consumo de queijo, em particular, está ligado a uma taxa de mortalidade 8% menor.

Outro estudo, mas na mesma linha, foi realizado na Universidade de Medicina de Lodz, na Polônia, e os resultados foram os mesmos. Nessa pesquisa, foram apurados dados de 636.726 participantes, durante 15 anos, e foi detectado que o consumo elevado de laticínios contribuía para a diminuição da mortalidade.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é, em média, de três porções por dia de lácteos, variando conforme a idade. O importante é sempre consultar um nutricionista e ter em mente que para cada pessoa e cada objetivo existe uma dieta mais adequada.

Minas Gerais é o maior estado produtor de leite. No ano de 2021, de acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de leite em Minas Gerais atingiu a expressiva marca de 9,6 bilhões de litros, gerando cerca de 1 milhão de empregos diretos.