Produção de queijo - Representantes do Sistema FAEMG/Senar Minas e de entidades ligadas à produção de leite no Norte de Minas reuniram-se para discutir os problemas na produção de queijo – especialmente o de leite cru -, produto comum na maioria das propriedades rurais da região. O encontro foi na sede da Codevasf, em Montes Claros.
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Produção de queijo – Representantes do Sistema FAEMG/Senar Minas e de entidades ligadas à produção de leite no Norte de Minas reuniram-se para discutir os problemas na produção de queijo – especialmente o de leite cru -, produto comum na maioria das propriedades rurais da região. O encontro foi na sede da Codevasf, em Montes Claros.

Diante da grande demanda de estruturação da cadeia produtiva e do reconhecimento da região como produtora de queijo artesanal, foi criado um Comitê Gestor de Queijos Artesanais do Norte de Minas, composto por representantes de instituições privadas e governamentais. O grupo vai trabalhar a conformidade com a Política Nacional de Desenvolvimento Regional para buscar investimentos públicos e articular o desenvolvimento da cadeia produtiva do queijo artesanal. A ideia é seguir exemplo das regiões da Canastra e do Serro, onde a Codevasf já iniciou implantação da Escola de Mestre Queijeiro Artesanal, em São Roque de Minas.

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O comitê será composto pelo Sistema FAEMG/Senar Minas, Codevasf, Asproqueijo, Emater, Associação Comercial e Industrial de Porteirinha, Sebrae, Idene, Sindicato dos Produtores Rurais e Sociedade Rural de Montes Claros, UFMG, Unimontes, Institutos Federais de Salinas e Montes Claros, IMA, Seapa, Embrapa, Epamig, MAPA, Federaminas, Prefeituras Municipais de Porteirinha, Espinosa e Pai Pedro.

Uma nova reunião foi marcada para o dia 20 de agosto, e serão convidados os deputados estaduais e federais da região. O objetivo é que eles conheçam os entraves que estão prejudicando a classe e busquem, junto aos governos estadual e federal, apoio para a solução dos problemas.

COMENTÁRIOS

Silvanei Batista, prefeito de Porteirinha

Para o desenvolvimento do setor, a primeira providência é a regularização da Lei 23.157, que oficializa a produção artesanal de queijo de leite cru, como agroindústria de pequeno porte e possibilitar o uso de leite de outras propriedades na produção. Precisaremos também buscar, junto ao governo do estado, a transferência da fiscalização da produção de leite e derivados do IMA para o Consórcio União da Serra Geral, por intermédio de técnicos treinados para a função. Atualmente, um dos grandes entraves do setor é a demora da liberação do IMA de documentação para o funcionamento das queijarias.

Denise Maia, extensionista da Emater e representante da Secretaria Estadual de Agricultura

O mais importante deste movimento é buscar ajuda para o homem do campo, que está desesperado com tanta burocracia. Como se já não bastasse a seca, que assola a região, o produtor ainda tem que enfrentar as dificuldades na legislação.

Fabrício Lopes e Alex Demier, representantes da Codevasf e responsáveis pelo Programa de Arranjos Produtivos no Norte de Minas

O Comitê Gestor dos Produtores de Queijos Artesanais vai coordenar ações mediante o compartilhamento de informações e o aproveitamento da cooperação coletiva, a fim de propiciar a inovação, a diferenciação, a competitividade e a sustentabilidade dos empreendimentos associados. Também deverá identificar, viabilizar e acompanhar ações, que tenham o objetivo o desenvolvimento econômico e social da região.

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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