Primeiramente, como estamos em uma semana de muitas notícias a toda hora, faço questão de registrar que escrevo às 15 horas do dia 13/03, quando o Brasil está se preparando para a fase mais aguda da crise do coronavírus
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Primeiramente, como estamos em uma semana de muitas notícias a toda hora, faço questão de registrar que escrevo às 15 horas do dia 13/03, quando o Brasil está se preparando para a fase mais aguda da crise do coronavírus, com inúmeras medidas para tentar reduzir o contágio, como cancelamento de eventos, estimulo ao home office, lavagem das mãos, etc. E como tudo isso pode afetar o consumo de lácteos? Bem, é um grande exercício de “futurologia”, mas tem algumas previsões mais prováveis, já que, certamente, o consumidor ficará mais em casa:

– Forte crescimento do consumo nos lares, com redução no consumo em restaurantes e fora de casa em geral: com a restrição dos deslocamentos e concentrações de pessoas, esta semana já foi possível notar restaurantes mais vazios – este consumo vai certamente se deslocar para os lares.

– Nos lares, teremos dois aumentos – dos serviços de delivery, aonde o último final de semana já demonstrou grande crescimento, e da compra especulativa para estoques, como aconteceu na Itália, por exemplo. Logo, produtos secos como leite UHT e leite em pó podem se beneficiar desta antecipação de compras por parte do consumidor;

– Destaque particular para o novo segmento das “Dark Kitchens”, que através dos aplicativos de entrega, tem tido crescimento exponencial;

– Outros segmentos que devem reduzir consumo drasticamente:

  • Catering – tanto aéreo como para grandes embarcações;
  • Eventos – fornecimento de alimentos para estádios, rodeios, festas, shows, etc.
  • Lojas de conveniência – com o menor fluxo de pessoas, lojas de passagem devem sofrer com reduções;
  • Shoppings e praças de alimentação – para evitar concentrações, estes locais devem perder frequência, o que é bastante preocupante para estes operadores.

Desta forma, acredito que todas as empresas devem estar refazendo suas estratégias para este novo cenário, buscando reduzir seus riscos em alocar produtos em canais que terão grandes perdas em detrimento de outros que podem ter maior demanda. Certamente, quem conseguir ler melhor as mudanças de mercado, pode se beneficiar da crise.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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