As 13 maiores empresas de laticínios e cooperativas do Brasil reduziram as aquisições de leite em 2021. A queda foi de 3,5% em relação a 2020, segundo ranking elaborado pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), informa o Brodcast nesta segunda-feira (16).

A redução das compras de leite é atribuída pela Abraleite à perda de renda da população brasileira em 2021, o que causou diminuição no consumo de lácteos. “Além disso, houve baixa oferta de matéria-prima, decorrente dos altos custos de produção no campo e das condições climáticas desfavoráveis”, assinala a associação.

Leia, abaixo, notícia sobre o assunto divulgada pelo Broadcast:

“O volume de leite adquirido pelas 13 maiores empresas de laticínios e cooperativas no Brasil somou 7,7 bilhões de litros em 2021, queda de 3,5% em relação a 2020, mostra o ranking elaborado pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite). Em nota, a entidade afirma que o levantamento não retrocedia desde 2011. As companhias que estão no ranking representaram 47% do volume de leite produzido no país sob fiscalização.

A Laticínios Bela Vista, dona da marca Piracanjuba, ocupou a liderança pelo segundo ano consecutivo, com captação de 1,751 bilhão de litros em 2021, queda de 2,5% em relação a 2020. Na sequência, aparece a paranaense Unium, com 1,3 bilhão de litros, alta de 0,6% ante 2020. Em terceiro lugar, está a multinacional Nestlé, com 1,182 bilhão de litros, queda de 7,4% em comparação com 2020. Em seguida estão Embaré, Aurora, CCGL, Jussara, Vigor, Cativa, Frimesa, Danone, Centroleite e DPA Brasil. Ficaram de fora do estudo a francesa Lactalis (dona da Itambé e da Cativa), a Tirol e a Italac (marca da Goiasminas). Segundo a Abraleite, as indústrias foram convidadas a participar, “mas novamente não responderam à pesquisa, como aconteceu nos últimos anos”.

A Abraleite atribui a redução das aquisições por parte das indústrias à queda na renda das famílias em 2021, o que causou diminuição no consumo de lácteos. Além disso, houve baixa oferta de matéria-prima, decorrente dos altos custos de produção no campo e das condições climáticas desfavoráveis. “Nas empresas, o baixo resultado operacional prejudicou as atividades produtivas”, diz a entidade.

O levantamento aponta também uma redução de 5% do número de produtores das companhias que responderam à pesquisa, que agora somam 31,5 mil. O volume de leite entregue diariamente, no entanto, aumentou 4,6%, para 489 litros por propriedade, devido a ganhos de eficiência nas propriedades. Para efeito de comparação, a entidade mostra que, no ano de 1996, quando se iniciou o ranking, as dez primeiras empresas tinham 207 mil produtores de leite, enquanto em 2012, também para as 10 maiores empresas, este número caiu para 52 mil.

De acordo com a Abraleite, os dados evidenciam, ainda, que os laticínios preferiram comprar mais dos tradicionais fornecedores do que no mercado avulso.”

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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