Mesmo preservando essa área, não há queda de desempenho nos grãos, forrageira e no rebanho de gado leiteiro. Pelo contrário, Brenner destaca que a produtividade da sua área é “superboa”. “Fazemos um sistema intensivo de produção de leite, em que todo o dejeto é destinado às áreas agrícolas. Temos separador dos sólidos e dos líquidos, o que ambientalmente é mais amigável”, explica.
“Há uma grande preocupação da Frísia em apoiar os cooperados para que possamos ter a maior produtividade possível nas áreas. A questão dos dejetos é tratada com bastante seriedade, faz as análises dos trechos. É um trabalho que começou há uns quatro anos e está sendo aprimorado. A cooperativa tem toda uma preocupação com o ESG, e os cooperados têm que ser ESG também”, reforça Brenner.
ESG, pode ser traduzido como environmental, social and corporate governance (governança ambiental, social e corporativa) , visa criar critérios e ações para soluções dos desafios que envolvem essas áreas.
Mudas nativas
A Frísia tem parceria com o Instituto Água e Terra (IAT), órgão estadual que protege e recupera o patrimônio ambiental paranaense. Assim, são solicitadas mudas nativas, buscando maior diversidade de plantas nas propriedades. Segundo o coordenador Francis Bavoso, há frequentes solicitações pelos produtores por mudas nativas para enriquecer sua reserva legal ou recuperar alguma área.
Fundada em 1925, a Frísia tem 971 cooperados presentes nos Estados do Paraná e no Tocantins, que produziram no último ano 290,6 milhões de litros de leite, 895 mil toneladas de grãos, 89 mil toneladas de madeira e mais de 30 mil toneladas de carne suína.