Ontem, a segunda-feira (12) chegou ao final com os preços do milho mais elevados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas na praça de Brasília/DF.
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Ontem, a segunda-feira (12) chegou ao final com os preços do milho mais elevados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas na praça de Brasília/DF.

Já as valorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ponta Grossa/PR, Cascavel/PR, Palma Sola/SC, Rio do Sul/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e Dourados/MS.

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, as negociações no mercado físico seguem praticamente travadas mesmo com os modelos climáticos apontando para mais chuvas a partir desta quarta-feira (14) em praticamente todo Brasil Central. “Há cautela de ambos os lados, seja o produtor com o dólar ou com o consumidor em formar estoques”.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços do milho seguem renovando os patamares recordes na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. “Em importantes praças produtoras, o valor do cereal nesta parcial de abril já representa o dobro da média verificada no mesmo mês de 2020”.

Pesquisadores do Cepea indicam que as contínuas altas estão atreladas à baixa oferta do milho no spot nacional. “Preocupados com os possíveis impactos do clima sobre a produção da segunda safra, produtores limitam as vendas. Consumidores, por sua vez, estão preocupados com os atuais patamares – que extrapolam os custos de produção em muitos casos. Os compradores que precisam recompor estoques têm tido dificuldades em encontrar novos lotes e os que conseguem se esbarram nos elevados preços negociados”.

B3

Os preços futuros do milho tiveram mais um dia altista nesta segunda-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 1,47% e 1,88% ao final do primeiro dia da semana.

O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 101,99 com elevação de 1,47%, o julho/21 valeu R$ 97,50 com ganho de 1,69%, o setembro/21 foi negociado por R$ 91,45 com alta de 1,63% e o novembro/21 teve valor de R$ 92,20 com valorização de 1,88%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que a safra verão foi bem menor do que o consumo interno neste primeiro semestre e o produtor que colheu este milho não mostra interesse de vender.

“Boa parte do milho foi entregue em cooperativas e nas grandes indústrias de ração, então não está tendo oferta de milho disponível nesse momento até o meio do ano. O consumidor do setor de leite, suíno independente e pequenos granjeiros está com dificuldade de conseguir milho”, relata o analista.

Brandalizze acredita que, diante disto, a B3 está “refletindo a realidade”, uma vez que não há oferta e quem está mandando no mercado é o produtor que não quer vender.

Nesta segunda-feira, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até a segunda semana de abril.

Nestes 06 dias úteis do mês, o Brasil exportou 1.077,2 toneladas de milho não moído é apenas 0,36%% do total contabilizado durante o último mês de março (294.489,1). Com isso, a média diária de embarques ficou em 179,5 toneladas, patamar 46,380% menor do que as 334,8 do mês de abril de 2020.

Em termos financeiros, o atual mês contabilizou aumento de 22,91% na média diária ficando com US$ 266,40 por dia útil contra US$ 216,70 em abril de 2020. Já o preço por tonelada obtido também registrou elevação de 129,23% no período, saindo dos US$ 647,20 no ano passado para US$ 1.483,60 neste mês de abril.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro perderam força ao longo deste primeiro dia da semana e encerraram as operações em queda na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 3,00 e 8,25 pontos.

O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,69 com desvalorização de 8,25 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,56 com baixa de 6,75 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,07 com perda de 3,00 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 4,96 com estabilidade.

Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 1,39% para o maio/21, de 1,07% para o julho/21 e de 0,59% para o setembro/21, além de estabilidade para o dezembro/21.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os contratos futuros de Chicago seguem refletindo os relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de sexta-feira e que, enquanto continuam a digerir estes números, os investidores irão observar o clima de plantio para determinar a direção dos preços.

“Na sexta-feira, os relatórios do USDA foram vistos como negativos de curto prazo para milho e soja, porque não eram otimistas o suficiente. O tamanho da safra de soja da América do Sul também foi maior do que o esperado. As idéias comerciais de um início de primavera estão agora em questão. A previsão atual é de chuva e frio até o final de abril. O plantio de milho está ficando para trás nos estados do Sul.”, afirmou Al Kluis da Kluis Advisors.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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