Já as valorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ponta Grossa/PR, Cascavel/PR, Palma Sola/SC, Rio do Sul/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e Dourados/MS.
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, as negociações no mercado físico seguem praticamente travadas mesmo com os modelos climáticos apontando para mais chuvas a partir desta quarta-feira (14) em praticamente todo Brasil Central. “Há cautela de ambos os lados, seja o produtor com o dólar ou com o consumidor em formar estoques”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços do milho seguem renovando os patamares recordes na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. “Em importantes praças produtoras, o valor do cereal nesta parcial de abril já representa o dobro da média verificada no mesmo mês de 2020”.
Pesquisadores do Cepea indicam que as contínuas altas estão atreladas à baixa oferta do milho no spot nacional. “Preocupados com os possíveis impactos do clima sobre a produção da segunda safra, produtores limitam as vendas. Consumidores, por sua vez, estão preocupados com os atuais patamares – que extrapolam os custos de produção em muitos casos. Os compradores que precisam recompor estoques têm tido dificuldades em encontrar novos lotes e os que conseguem se esbarram nos elevados preços negociados”.
B3
Os preços futuros do milho tiveram mais um dia altista nesta segunda-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 1,47% e 1,88% ao final do primeiro dia da semana.
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 101,99 com elevação de 1,47%, o julho/21 valeu R$ 97,50 com ganho de 1,69%, o setembro/21 foi negociado por R$ 91,45 com alta de 1,63% e o novembro/21 teve valor de R$ 92,20 com valorização de 1,88%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que a safra verão foi bem menor do que o consumo interno neste primeiro semestre e o produtor que colheu este milho não mostra interesse de vender.
“Boa parte do milho foi entregue em cooperativas e nas grandes indústrias de ração, então não está tendo oferta de milho disponível nesse momento até o meio do ano. O consumidor do setor de leite, suíno independente e pequenos granjeiros está com dificuldade de conseguir milho”, relata o analista.
Brandalizze acredita que, diante disto, a B3 está “refletindo a realidade”, uma vez que não há oferta e quem está mandando no mercado é o produtor que não quer vender.
Nesta segunda-feira, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até a segunda semana de abril.
Nestes 06 dias úteis do mês, o Brasil exportou 1.077,2 toneladas de milho não moído é apenas 0,36%% do total contabilizado durante o último mês de março (294.489,1). Com isso, a média diária de embarques ficou em 179,5 toneladas, patamar 46,380% menor do que as 334,8 do mês de abril de 2020.
Em termos financeiros, o atual mês contabilizou aumento de 22,91% na média diária ficando com US$ 266,40 por dia útil contra US$ 216,70 em abril de 2020. Já o preço por tonelada obtido também registrou elevação de 129,23% no período, saindo dos US$ 647,20 no ano passado para US$ 1.483,60 neste mês de abril.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro perderam força ao longo deste primeiro dia da semana e encerraram as operações em queda na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 3,00 e 8,25 pontos.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,69 com desvalorização de 8,25 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,56 com baixa de 6,75 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,07 com perda de 3,00 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 4,96 com estabilidade.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 1,39% para o maio/21, de 1,07% para o julho/21 e de 0,59% para o setembro/21, além de estabilidade para o dezembro/21.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, os contratos futuros de Chicago seguem refletindo os relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de sexta-feira e que, enquanto continuam a digerir estes números, os investidores irão observar o clima de plantio para determinar a direção dos preços.
“Na sexta-feira, os relatórios do USDA foram vistos como negativos de curto prazo para milho e soja, porque não eram otimistas o suficiente. O tamanho da safra de soja da América do Sul também foi maior do que o esperado. As idéias comerciais de um início de primavera estão agora em questão. A previsão atual é de chuva e frio até o final de abril. O plantio de milho está ficando para trás nos estados do Sul.”, afirmou Al Kluis da Kluis Advisors.