A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina está promovendo o Programa de Incentivo ao Cultivo de Cereais de Inverno para impulsionar a produção de trigo, triticale e cevada. Esses cereais contribuem no abastecimento da cadeia produtiva de carnes e leite, ajudando a reduzir o déficit de milho no estado.
Para estimular esse cultivo, o Governo do Estado está investindo R$ 3,2 milhões neste ano, valor 60% superior ao de 2023. O secretário de Agricultura, Valdir Colatto, destaca os benefícios desse programa, incluindo a diversificação de culturas, a redução de custos e a geração de renda adicional para as famílias rurais.
“Além de reduzir custos e melhorar a competitividade da pecuária. O cultivo de cereais de inverno é uma alternativa de renda adicional para as famílias rurais. Pois, aproveita áreas que não estavam sendo usadas no inverno e proporciona outros benefícios, como a rotação de culturas. Portanto, as áreas cultivadas com cereais de inverno mantêm o solo protegido e geram receita para as famílias”, explica.
Como participar do programa
Os produtores interessados em participar do Programa devem buscar parceria com cooperativas ou casas agropecuárias credenciadas. O apoio financeiro pode chegar a até R$ 385,00 por hectare cultivado, com um acréscimo de 10%, limitado a 10 hectares por produtor. Assim, é importante ressaltar que o cereal cultivado deve ser destinado à produção de ração animal.
Com a constante expansão da cadeia produtiva de proteína animal em Santa Catarina, a demanda por milho para a fabricação de ração tem sido crescente. Atualmente, o estado enfrenta um déficit significativo na produção de milho, o que torna os cereais de inverno uma alternativa viável para suprir essa escassez.
Segundo Léo Kroth, diretor de Cooperativismo e Desenvolvimento Rural, pesquisas realizadas pela Embrapa Trigo e Embrapa Suínos e Aves indicam que os cereais de inverno são opções eficazes para substituir o milho na formulação de rações, contribuindo assim para o abastecimento adequado da alimentação animal.
“De acordo com pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Trigo (RS) e Embrapa Suínos e Aves (SC), esses cereais são opções viáveis para substituir o milho na formulação de rações e concentrados para alimentar suínos e aves”, enfatiza.