A mastite é considerada uma das maiores causas de perdas produtivas na cadeia leiteira. Para a Fazenda Cachoeirinha, localizada na cidade de Cachoeira da Prata no município de Minas Gerais, a doença era considerada um desafio, sendo que cerca de 12% de sua receita era destinada para a compra de antibióticos para o rebanho girolando.
Mesmo com o tratamento proativo dos animais, a prevalência da patologia era elevada. Com o objetivo de implementar uma estratégia de controle com tratamento assertivo, uso racional de antibióticos, otimização do manejo e redução dos custos, o proprietário da Cachoerinha, André Bahia França apostou na cultura microbiológica. A tecnologia permite a identificação do agente causador da mastite em 24 horas, na própria fazenda
Segundo André, a implementação do sistema de cultura marca um novo ciclo na propriedade, com vacas mais saudáveis, aumento na produtividade e economia. “Hoje economizamos entre 55%-50% em antibióticos, fazemos o tratamento correto de acordo com o agente causador da mastite e destinamos, apenas, entre 1%-2%da receita com medicamentos. Isso mostra a evolução que tivemos na prevenção da doença, que reflete também na produção de um leite de boa qualidade no campo, o que é primordial na atividade”, detalha.
De acordo com os dados coletados na propriedade, atualmente os casos de mastite clínica identificados envolvem agentes ambientais, como Klebsiella ssp.
“Desafios ambientais são comuns nas propriedades leiteiras, por isso, é fundamental investir em um pré-dipping e pós-dipping eficientes para mitigar os impactos. Além disso, as bactérias ambientais costumam ter uma taxa de cura espontânea maior, o que contribui para a redução no uso de antimicrobianos” , explica Ananda Finco, CSM da OnFarm.
Na visão de André, outro ponto de mudança para a propriedade, foi a participação no Master Class em Saúde do Úbere. “A nossa fazenda era uma antes do curso e hoje é outra completamente diferente. Implementamos mudanças com relação a rotina de ordenha e manejo de ambiente. Além disso, o conhecimento sobre os patógenos e a interpretação sobre a ação dos agentes em cada diagnóstico contribui para a realização do tratamento correto dos animais”, afirma.
Após o curso, André se tornou um Expert e atualmente faz parte da comunidade OnFarm Experts, rede que tem como objetivo conectar os produtores com profissionais altamente capacitados no controle da mastite e qualidade do leite.
“Atualmente não consigo enxergar uma fazenda de leite sem cultura microbiológica e conhecimento técnico sobre mastite, pois com um mercado cada vez mais competitivo ser uma propriedade especializada é um grande diferencial”, afirma.
Qual o impacto da cultura microbiológica?
O controle efetivo da mastite é indispensável para o aprimoramento do sistema produtivo leiteiro e, é exatamente nesta questão, que a OnFarm apoia os produtores, oferecendo uma solução que permite a identificação do agente causador da mastite em 24 horas, na própria fazenda, por meio da cultura microbiológica.
A startup tem como propósito empoderar os produtores, por isso, trabalhamos ao lado de cada cliente compreendendo sua realidade e propondo soluções que vão de encontro com seus objetivos. “Oferecemos todo o suporte para que os produtores extraiam o máximo da tecnologia. Durante toda a jornada no aplicativo, onde são armazenados os dados da cultura microbiológica, auxiliamos com a correta interpretação do agente envolvido na infecção, bem como ajudamos na avaliação do protocolo de tratamento e acompanhando cada resultado. Nossa equipe tem como objetivo fazer um trabalho em conjunto com os técnicos da propriedade para que dessa forma seja possível entregar o melhor resultado aos produtores, levando em consideração as particularidades de cada propriedade”, detalha Ananda.
A identificação do agente causador da mastite é indispensável para a implementação de um programa de controle efetivo, pois permite que o produtor possa ter uma tomada de decisão efetiva e baseada em dados técnicos, utilizando antibióticos apenas nos casos que necessitam de tratamento. Cerca de 50% dos casos de mastite clínica identificados na fazenda não necessitam de antibioticoterapia, seja porque o agente não está mais presente na glândula mamária, ou por ser um patógeno que tem uma alta taxa de cura espontânea.
A cultura microbiológica também permite que a propriedade implemente um trabalho preventivo, ao invés de apenas curativo, para que seja possível agir no foco das causas da enfermidade na propriedade e evitar que novas infecções aconteçam no rebanho.