Já discutimos anteriormente os fatores que levam a resultados negativos (sem crescimento) na cultura microbiológica, mesmo que a vaca tenha alterações visuais no leite como grumos ou coágulos.
Os dados de mais de 600 fazendas que utilizam a solução da OnFarm indicam que a porcentagem de casos de mastite clínica com resultados negativos é de 38%. Ou seja, de cada 10 vacas com mastite clínica e sinal de infecção, em pelo menos 4 o agente causador não está mais presente na glândula mamária do animal. Mas qual o principal motivo? Claramente, o principal fator que explica tal fato é o que chamamos de cura espontânea, ou seja, o sistema imune da vaca é capaz de combater a infecção.
Mas o que afeta a cura espontânea? A partir de dados de diferentes estudos, foi possível observar que diferentes fatores podem influenciar a probabilidade de cura espontânea de um caso mastite.
- Número de lactações – taxa de cura espontânea para vacas primíparas é duas vezes maior do que para vacas multíparas.
- Imunidade do animal – o sistema imune desempenha papel essencial nos casos de cura espontânea, com taxa de até 20% dos casos de mastite clínica, exceto quando Staphylococcus aureus.
- Vacinação contra agentes específicos e suplementação com micronutrientes na alimentação para aumentar a resposta imune da vaca.
- O agente causador também influencia diretamente as taxas de cura espontânea:
- Coliformes, como Escherichia coli a taxa de cura espontânea é acima de 85%;
- Streptococcus ambientais, como o uberis e Strep. dysgalactiae, a taxa de cura espontânea é baixa, necessitando de tratamento com antibióticos.
- Staphylococcus aureus, a taxa de cura espontânea tanto para casos de mastite clínica quanto subclínica, é praticamente nula.
Tratar ou não tratar? Se você conhece o problema, ou seja, o agente causador da infecção, a resposta a essa questão torna-se muito mais fácil.