Alvo de críticas dos consumidores brasileiros, o preço do leite deverá sofrer alta de 15% em julho em relação ao mês anterior.
Custo de produção do leite deverá aumentar em 15%, diz estudo
  • Em 2022, a alta real foi de 19,8% até junho;
  • O preço do leite captado em maio e pago aos produtores em junho registrou aumento de 4,6%;
  • Um dos fatores responsáveis pelo o aumento é a guerra na Ucrânia.

 

De acordo com a pesquisa ainda em andamento feita pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP) o valor de produção do produto confirmará, neste mês, a lógica de aumento registrada ao longo do ano. Em 2022, a alta real foi de 19,8% até junho.

O preço do leite captado em maio e pago aos produtores em junho registrou aumento de 4,6% frente ao mês anterior (a quinta alta consecutiva), chegando a R$ 2,68 por litro na “Média Brasil” líquida do Cepea.

A alta – que atinge também o preço dos ovos – é causada por alguns fatores, segundo o professor de MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Kanter. O professor credita ao clima mais seco, tradicional do período de entressafra, prejudicando a qualidade das pastagens; aumento dos custos de produção, por causa de diversas questões, como a seca, a Guerra na Ucrânia – país que é grande importador do milho, usado em ração -, bem como a alta dos fertilizantes – fornecidos em maior proporção pela Rússia; mercado mais atrativo para o comércio de carne do animal, do que o leite e os ovos, principalmente com a alta do dólar – que melhorou a remuneração da exportação.

Geraldo Borges – presidente da Associação Brasileira de Produtores de Leite – afirma que, além de reduzir o volume do produto, a alta dos custos de produção fez com que muitos produtores saíssem da atividade.

Mesmo com a pesquisa do Cepea apontando aumento de 30,2% nas importações de lácteos no período compreendido entre maio e junho, a quantidade total de leite adquirido no primeiro semestre caiu 34,41% em relação aos seis primeiros meses de 2021.

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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