Redução nos fertilizantes ajudou, mas ainda não é o suficiente.
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Preços ainda estão abaixo dos custos | Foto: Jcomp / Freepik

A queda de 4,04% no Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) de setembro, divulgada na última semana pela Farsul, ajudou o produtor de leite, mas não o suficiente para que ele tenha margem de lucro. A avaliação é do coordenador do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite (Conseleite), Eugênio Zanetti. De acordo com ele, os produtores de leite foram beneficiados pela queda nos preços dos fertilizantes, em especial do NPK e ureia, que, de acordo com levantamento da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), caíram em 20% e 3% nos últimos 2 meses, respectivamente. Porém, ele avalia que a queda no IICP ainda não impacta os produtores significativamente. “O principal item do custo de produção de leite, que é a ração concentrada, ainda segue em patamares elevados”, diz.

Zanetti lembra que um levantamento da Fetag apontou um custo de produção para o leite de R$ 2,56 por quilo em setembro, enquanto o valor de referência ao produtor está projetado em R$ 2,2799. “O óleo diesel segue em um patamar jamais visto e os insumos e defensivos que são balizados pelo dólar também não registraram queda. Portanto, estamos longe de observar alguma estabilidade neste cenário”, comenta o coordenador.

De acordo com ele, outro agravante da situação é que é esperada uma nova queda no preço de referência ao produtor calculado pela Universidade de Passo Fundo (UPF), a ser divulgado nesta terça-feira pelo Conseleite. “Entretanto, é necessário aguardar para que tenhamos o termômetro de como se comportou o mercado no início do mês de outubro. E isso, apenas os dados do Conseleite podem dizer”, pondera.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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