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18 dez 2024
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A ordenha leiteira encerra o ano com um aumento de 4%. Estabelecimentos com mais de 10.000 litros por dia aumentaram cinco vezes na última década. O que aconteceu à rentabilidade, às exportações e ao consumo interno.

O balanço leiteiro de 2021 na Argentina mostra, em geral, bons indicadores: as explorações leiteiras estão a fechar com um crescimento da produção e uma melhoria da rentabilidade, embora limitada por custos elevados.

O lado negativo é que este processo de expansão não é para todos: durante o ano que está a terminar o processo de encerramento de estabelecimentos mais pequenos foi consolidado, concentrando a ordenha naqueles com maior escala.

Uma revisão dos principais números da cadeia este ano mostra os seguintes resultados:

PRODUÇÃO

Entre Janeiro e Novembro, as explorações leiteiras ordenharam quatro por cento mais leite do que no mesmo período em 2020.

O Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla) estima que esta variação será a que encerrará o ano, e será bem superior ao crescimento anual de 1,5% que as empresas do sector estimaram no início do ano.

Isto significa um volume total de 11,558 milhões de litros de leite para todo o ano, cerca de 400 milhões mais do que os 11,113 milhões de litros do ano anterior.

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Um facto salientado por Ocla: a produção de leite na Argentina tem aumentado durante 29 meses consecutivos, a uma média mensal de 5,1 por cento.

CONCENTRAÇÃO

Outro fenómeno que se consolidou ao longo de 2021 foi a concentração da produção.

De acordo com uma análise da Ocla, tomando como parâmetro dados até Novembro, em 2010, 60% das explorações leiteiras ordenharam menos de 2.000 litros por dia e contribuíram com 27% da produção. Entretanto, apenas um por cento deles ordenhava mais de 10.000 litros e gerava cinco por cento do leite.

Este ano fecha com números completamente diferentes: o declínio no número de explorações leiteiras foi nas mais pequenas, que agora representam 45,7% e fornecem 12,9% de leite cru. Os maiores, por outro lado, quintuplicaram: actualmente representam 5,4% do total e o leite 28% do leite; por outras palavras, mais do dobro dos que têm menos de 2.000 litros.

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De acordo com Ocla, este processo de concentração da produção em grandes explorações leiteiras é contínuo e não só é observado na Argentina, como é generalizado em todo o mundo.

RENTABILIDADE

Com um preço no produtor que atingiu em média 33,92 pesos por litro em Novembro e assumindo um custo de produção de 32,47 pesos, os produtores de leite estão a encerrar o ano com uma rentabilidade de 1,8 por cento.

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Embora esta seja uma boa notícia depois de começar o ano com rendimentos negativos, o Ocla assinala que o preço de equilíbrio, assumindo um rendimento exigido de cinco por cento do capital próprio, deveria ser de 38 pesos.

EXPORTAÇÕES

Um dos aspectos que tem sido fundamental para que o negócio dos lacticínios não tenha números tão maus este ano é a tracção que as exportações estão a trazer.

Com base em dados provisórios da Indec, a Ocla estima que entre Janeiro e Novembro foram enviadas 352.811 toneladas de produtos lácteos para o estrangeiro, mais 2,1 por cento do que em 2020.

Desta forma, a indústria de lacticínios gerou divisas por 1.189,4 milhões de dólares, mais 13% do que no ano anterior.

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Um factor chave foi a subida do preço internacional do leite em pó, o principal produto de exportação da Argentina: ao longo do ano oscilou entre 3.500 e 4.000 dólares por tonelada, com picos de cerca de 4.500 dólares, quando nos últimos anos foi em média de 3.000 dólares, com mínimos próximos dos 2.500 dólares.

CONSUMO DOMÉSTICO

Ao contrário das exportações, o consumo interno de produtos lácteos diminuiu 5,6%, tomando como parâmetro o número de toneladas ou milhares de litros comercializados de diferentes produtos como leite, queijo, natas, caramelo, manteiga, iogurte e sobremesas.

Em litros de equivalente de leite, a queda foi de 3,4 por cento, de acordo com a estimativa Ocla.

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