Egídio Serpa
Como o “ambiente natural do semiárido é quente e seco, e extremamente saudável para os animais”, o deputado Salmito Filho – em mensagem a este colunista – sugere aos líderes da pecuária cearense:
“1) Um bom padrão racial que associe rusticidade e produção de leite;
“2) Corretas técnicas de manejo sanitário;
“3) Técnicas de dieta alimentar, especialmente para armazenar forragem, como a silagem;
“4) Atrair mais indústrias para processar o leite produzido, até porque a indústria de lacticínio tem um perfil de crescer horizontalmente em vez de crescer verticalmente;
“5) A Betânia é nosso orgulho, já faz muito estimulando e comprando a produção da pecuária bovino-leiteira cearense, mas ela não pode pautar essa produção, porque o nosso potencial é maior”.
Bem, na verdade, os pecuaristas cearenses já fazem exatamente o que o jovem deputado ensina, e é por isto mesmo que a produção leiteira do Ceará – apesar de sete anos de baixa pluviometria – mantém a quantidade e a qualidade.
Entre os 10 maiores produtores de leite do Brasil, três são do Ceará.
Salmito Filho é um dos raríssimos parlamentares cearenses bem informados sobre as virtudes e os defeitos dos setores primário e secundário da economia do Estado.
Em tempo: além da Betânia, operam no Estado – industrializando o leite – a Lassa de Sobral, a Cooperativa Agrícola Mista de Maranguape, a Cariri, a Danone, a Mirambé, Sabor & Vida, Caraúba, Jaguaribe e Lírio (da Coocentral).