A história da Goldy Alimentos Premium começa em 1971, com a aquisição da Fazenda Limoeiro, em Itu, São Paulo, originalmente voltada para a cafeicultura.
O primeiro grande marco da transformação produtiva veio em 1978, com o início da pecuária leiteira.
Naquele ano, a família importou 30 matrizes e um reprodutor da raça Jersey, diretamente da Ilha de Jersey, no Canal da Mancha (Inglaterra), dando origem a um trabalho pioneiro e altamente técnico de melhoramento genético no Brasil.
Com o passar dos anos, a fazenda evoluiu para se tornar referência em genética de vacas Jersey, utilizando inseminação artificial, transferência de embriões e material genético dos Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia e da própria Ilha de Jersey. O rebanho passou a ser registrado com o afixo JERSEYLAND, símbolo de excelência zootécnica.
Reconhecendo o valor do leite Jersey — considerado o “melhor leite do mundo”, por seu alto teor de creme, proteínas e minerais — a família deu um passo adiante e, em 2001, fundou a Goldy Alimentos Premium, iniciando a fabricação de derivados frescos, como queijo minas e ricota, com a marca “Jersey de Itu”.

Desde então, os produtos Goldy têm presença garantida nos melhores pontos de venda da Grande São Paulo, Itu e região, além de abastecerem empórios, padarias gourmet, sorveterias, confeitarias, hotéis e restaurantes da capital.
Em 2020, um novo capítulo se iniciou com a construção de um laticínio próprio na Fazenda Limoeiro, consolidando a verticalização da produção e permitindo a ampliação da linha de produtos. A partir daí, foram incorporados itens como doce de leite, fondant de leite, creme de leite, manteiga e parmesão.
Hoje, os produtos da Goldy são considerados referências de qualidade nas suas categorias, apreciados por consumidores exigentes, chefs de cozinha, escolas de gastronomia e formadores de opinião.
A médio e longo prazo, a empresa mira na consolidação do conceito Farm to Table – “Do Campo à Mesa” –, com expansão de escala e incorporação de novos produtos elaborados exclusivamente com leite Jersey.
Compromisso com a excelência: do campo ao clique
Em 2024, a Goldy Alimentos Premium deu mais um passo importante rumo à transparência e à excelência na produção de lácteos ao ser certificada pelo Programa de Certificação da Jersey Brasil, uma iniciativa da Associação dos Criadores de Gado Jersey do Brasil.
O selo garante que os produtos são elaborados exclusivamente com leite de vacas Jersey, e que todo o processo — do campo até a embalagem — atende rigorosos critérios de segurança alimentar, sanidade animal, bem-estar, e, principalmente, rastreabilidade.
A tecnologia também é aliada nesse processo. Na embalagem dos produtos Goldy, o consumidor encontra um QR Code que pode ser escaneado com o celular.
Com isso, é possível acessar, em apenas um clique, a história completa por trás do alimento que está na sua mesa — desde as vacas leiteiras da Fazenda Limoeiro, passando pelo manejo, até o processamento no laticínio artesanal da própria fazenda.
O sabor da fazenda que conquistou os faria limers — e os paladares mais exigentes do mundo

Abril de 2024 marcou um capítulo inesquecível na história da Goldy Alimentos Premium — e o cenário não poderia ser mais simbólico: o icônico Teatro B32, em plena Avenida Faria Lima, o endereço mais pulsante do poder econômico e da alta gastronomia de São Paulo.
Foi ali, entre executivos exigentes, investidores sofisticados e amantes do bom gosto, que a Goldy subiu ao pódio no Mundial do Queijo do Brasil — um evento que reuniu produtores de mais de 40 países e os jurados mais renomados do planeta quando o assunto é queijo.
A empresa conquistou Medalha de Ouro com seu impecável queijo parmesão e levou também a Medalha de Bronze com seu Doce de Leite Premium — uma iguaria cremosa, delicada e intensa. Foi o reconhecimento oficial de que os produtos da Goldy encantam tanto o paladar dos “faria limers” quanto os especialistas internacionais em queijos artesanais.
William Labaki, criador da Goldy e idealizador da experiência por trás da marca, fez questão de dividir os louros com toda a cadeia produtiva da Fazenda Limoeiro, onde o leite Jersey de alta qualidade nasce de vaquinhas felizes.
Ele também homenageou a parceria com a Queijaria Bonanni, responsável pela afinação do parmesão premiado.
A Goldy mostrou, em plena Faria Lima, que o Brasil sabe transformar terroir, bem-estar animal, rastreabilidade e excelência artesanal em um verdadeiro espetáculo de sabor.

Quando a excelência da fazenda encontra as mesas mais exigentes da alta gastronomia
Os produtos da Goldy Alimentos Premium não são apenas alimentos — são experiências. E é justamente por isso que conquistaram um espaço de honra nas cozinhas dos grandes nomes da gastronomia brasileira.
Um dos exemplos mais inspiradores dessa jornada é a Padoca do Maní, a premiada padaria paulistana que carrega o DNA do restaurante Maní, fundado pela chef Helena Rizzo.
Helena, que já foi coroada como melhor chef mulher do mundo pela revista Restaurant, é uma defensora apaixonada da cozinha brasileira moderna, aquela que valoriza o simples, o artesanal e o verdadeiramente bom. E quando ela escolhe um fornecedor, cada ingrediente precisa carregar origem, história e excelência.
É exatamente por isso que a Padoca do Maní — referência de sabor e autenticidade em São Paulo desde 2015 — serve delícias feitas com produtos Goldy. Porque só quem conhece a fundo o caminho do campo ao prato consegue entregar algo que desperte memórias e crie novas histórias a cada mordida.
E acredite: essa é apenas uma das muitas casas de prestígio que escolheram a Goldy como parceira. De padarias sofisticadas a restaurantes premiados, os produtos da fazenda estão conquistando paladares e abrindo portas em cozinhas que sabem reconhecer quando o sabor é legítimo — e quando ele vem com propósito.
A Visão que Transformou o Leite em Ouro: Entrevista com o CEO da Goldy

1. De leite a marca premium: Qual foi o ponto de virada? Muitos produtores têm leite de qualidade, mas poucos conseguem transformá-lo em uma marca reconhecida. Em que momento você percebeu que a Goldy Alimentos Premium poderia ir além do leite e se tornar referência em produtos lácteos de alta qualidade?
Após mais de 25 anos, produzindo e “entregando” para a indústria leite de qualidade diferenciada, por vezes, a preços aviltantes, que não cobriam os custos de produção, chegou o momento, em 2001, onde concluímos que, para continuar na atividade, deveríamos verticalizar a produção, agregando valor à matéria prima nobre, que é o leite Jersey.
2. Se a Goldy fosse uma pessoa, como você a descreveria? As grandes marcas têm personalidades fortes e bem definidas. Se a Goldy Alimentos fosse um personagem, qual seria sua essência?
Definiria como uma pessoa de personalidade forte e com convicções dos princípios que norteiam sua atividade, mas acima de tudo, resiliente e perseverante para resistir às adversidades que enfrenta, no dia a dia, para sobreviver.
3. O que o mercado de queijos e derivados ainda não entendeu sobre o leite Jersey? Ainda existem muitas resistências ou desconhecimento sobre os diferenciais do leite Jersey. Qual é o maior mito ou desinformação que você já ouviu sobre esse leite?
Se a matéria prima tem qualidade e, reconhecidamente, seus derivados se diferenciam, por incorporar vantagens comparativas e competitivas em relação aos congêneres, a questão é pura e simplesmente se comunicar, persistentemente, de forma eficaz com o mercado, para demonstrar estes diferenciais e, por via de consequência, a “mais valia” dos produtos colocados à disposição dos consumidores.
4. Por que o consumidor pagaria mais pelo seu produto? O Brasil ainda tem uma mentalidade de commodity quando se trata de leite e derivados. Como você convence consumidores e lojistas de que vale a pena pagar mais pelo doce de leite, creme de leite e queijos da Goldy? Quais argumentos funcionam melhor na venda?
Não existe outra fórmula a não ser disponibilizar os produtos ao consumo, através de ações competentes de marketing conjugadas com degustações em pontos de venda, mas sobretudo disponibilizando amostras para formadores de opinião, chefes de cozinha, donos de restaurantes, confeitarias e “food services” em geral.
E uma frase que, obrigatoriamente, deve fazer parte da comunicação, seja em rótulos dos produtos ou em peças publicitárias: “Produzido com puro leite de vacas Jersey”!
5. Qual foi o erro mais caro que você já cometeu na Goldy? Todo empreendedor comete erros. Existe alguma decisão sobre produção, genética, marketing ou distribuição que, olhando para trás, você faria de outra forma?
Sim, inevitável cometer erros.
Olhando para trás e, até hoje, precisamos cuidar da logística de distribuição dos produtos, sem cair na tentação de quanto mais pontos de venda … melhor! Os custos da operação são altíssimos quando se trata de distribuir produtos perecíveis, com “shelf life” curto, como é o caso dos queijos frescais (minas e ricota).
Há que haver um mínimo do valor de “ticket” para compensar, mesmo que com menor visibilidade. Na questão de genética, sem arrependimentos. Somente a experiência e os resultados obtidos com o aprimoramento zootécnico do rebanho podem, caso a caso, indicar o melhor caminho a seguir.
Na Fazenda Limoeiro, berço do criatório JERSEYLAND, utilizamos a melhor genética disponível no mundo, procurando selecionar tipo funcional, sem perder de vista as características raciais e a longevidade dos animais, principalmente a qualidade dos aparelhos mamários.
Até hoje, sem prejuízo da utilização de sêmen de reprodutores modernos, não renunciamos à genética da Ilha de Jersey, que ainda dispomos no botijão.
6. Como transformar um leite “de nicho” em um fenômeno de mercado? O leite Jersey ainda não domina o mercado como o vinho Malbec ou o café 100% arábica. O que falta para ele sair do nicho gourmet e ser amplamente reconhecido? Qual estratégia você acredita que poderia impulsionar esse crescimento?
“A natureza não dá saltos”, assim como a conquista de espaços no mercado. Perseverança na produção, competência na comunicação, mas, principalmente, manutenção no padrão de qualidade dos produtos.
7. Existe espaço para a marca Goldy competir no mercado internacional? Países como França e Nova Zelândia já têm uma cultura forte de produtos premium à base de leite Jersey. Você acredita que há espaço para a Goldy Alimentos competir lá fora? O que precisaria ser feito para isso acontecer?
No caso da Goldy, primeiramente, adequar-se à legislação vigente, que não permite que produtos inspecionados pelos Sistemas SIM/ SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção) sejam exportados, a despeito da isonomia de exigências com o Sistema de Inspeção Federal (SIF), o que constitui uma incongruência.
Em segundo lugar, dispor de escala de produção, já que, em termos de qualidade, não ficamos nada a dever aos produtos de outros países (o Parmesão Goldy foi contemplado com “Medalha de Ouro” no Mundial do Queijo Brasil 2024).
8. Se você pudesse voltar no tempo e conversar com seu pai em 1978, o que diria a ele? Seu pai foi pioneiro ao importar as primeiras novilhas da Ilha de Jersey para a fazenda Limoeiro. Com tudo o que você aprendeu nesses anos, que conselho daria a ele naquele momento?
Há época, meu saudoso pai, o advogado Aldo Raia, que veio a presidir a JERSEY BRASIL por 9 anos, seguiu os conselhos de meu querido tio, Kemal Labaki, pecuarista de leite criador de holandês P.O., mas que sempre admirou a raça Jersey.
Sabiamente, nos orientou a optar pela importação da Ilha de Jersey, de 29 novilhas e um tourinho, criteriosamente selecionados, entre os melhores criatórios daquela origem, por Mr. Derrick Frigot, então presidente do “World Jersey Cattle Bureau”. Se pudesse voltar no tempo, somente os parabenizaria pelo conselho e decisão!
9. Qual tendência do mercado de lácteos ninguém está prestando atenção, mas você está? Enquanto muitos focam apenas no queijos e doce de leite, qual é a grande oportunidade do futuro para o leite Jersey que ainda está fora do radar da maioria dos produtores?
A tendência é ocupar espaços cada vez maiores no mercado de derivados, em geral mas principalmente no de produtos maturados, que muito se beneficiam com a qualidade do leite Jersey, o que se comprova pelos prêmios nacionais e internacionais com que têm sido contemplados.
10. Se o leite Jersey fosse um conceito de luxo, como você o venderia? Os queijos, cremes e doces da Goldy são feitos com leite de uma das raças mais valorizadas do mundo. Se você tivesse que vender esses produtos como luxo, ao estilo champanhe ou caviar, qual seria o discurso?
“O melhor leite do mundo” só pode resultar nos melhores derivados. Guardadas as diferenças, comparável aos melhores champanhes ou iguarias da alta gastronomia. Prove e comprove!!!