O preço do leite em Mato Grosso do Sul não deve sofrer novas elevações, nem disparar mais uma vez este ano.
Pelo menos é o que defende o economista Sindicato Rural de Campo Grande Staney Barbosa Melo.
Para ele, no Estado os preços estão estabilizados e não existe indicativo de novas altas.
“Pelo contrário, a variação do índice da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) em agosto retraiu em -8,69%. Quando olhamos para o mercado spot, aquele formado por ativos financeiros negociados para entrega imediata, essa variação é ainda mais acentuada, com retração de -21,13% em agosto”, detalha Staney Barbosa Melo.
O economista explica, ainda, que esse resultado – de queda de preços – ocorreu principalmente por conta da forte pressão importadora que teve início no mês de junho e que ainda persiste, estimulada pela alta abrupta dos preços internos do leite e de seus derivados em todo o país.
Segundo Staney Barbosa Melo, só para se ter uma ideia, só no mês de julho a balança comercial de lácteos operou um saldo negativo de US$ 47,7 milhões no Brasil.
“Isso não era visto desde janeiro de 2021. Esse quadro mostra que o mercado está buscando um equilíbrio de preços que remunere adequadamente os produtores, mas sem onerar demais os consumidores. Esse equilíbrio dependerá também do comportamento dos preços lá fora”, observou Staney Barbosa Melo, economista do Sindicato Rural de Campo Grande.
Em Campo Grande, o preço do litro de leite do tipo UHT – aquele que vem em caixinha – chegou a custar R$ 7,99.
O preço já caiu mais de R$ 1, mas continua mais elevado que o preço do litro da gasolina.