O laticínio Embaré assinou um contrato de arrendamento por 15 anos da fábrica de outro laticínio de Minas Gerais, o Quatrelati.

laticínio Embaré assinou um contrato de arrendamento por 15 anos da fábrica de outro laticínio de Minas Gerais, o Quatrelati.

O negócio, cujo valor as partes não divulgam, ainda será submetido ao Conselho a Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Se aprovado, a Embaré vai produzir leite em pó de sua marca Camponesa na nova planta. Leite em pó é o carro-chefe da empresa e responsável por 55% de sua receita.

Em 2019 a Embaré teve receita de R$ 1,38 bilhão. Este ano, segundo o presidente Alexandre Antunes, o faturamento deverá registrar aumento de 15% a 20%. “O nosso produto é de gôndola de supermercado e o consumo nos supermercados aumentou bastante agora por conta da covid-19”, afirmou ele.

A planta negociada com a Embaré vinha sendo usada pelo laticínio Quatrelati para atender ao setor de food service, de restaurantes e lanchonetes, que sentiu muito mais os efeitos da crise do que o setor supermercadista.

A Embaré está fabricando 5,5 mil toneladas de leite em pó por mês e, com a confirmação do negócio com Quatrelati, a produção poderá aumentar em 25%. No ano passado foram 55 mil toneladas de leite em pó. As regiões Norte e Nordeste são os principais mercados para o produto.

A capacidade própria de fabricação da Embaré de leite em pó já estava no limite. Desde o início do ano, a empresa já estava usando parte das instalações da fábrica da Quatrelati, localizada no município de Patrocínio (MG).

O aumento da capacidade era, segundo Antunes, um caminho natural. “Isso já era um planejamento nosso e surgiu uma oportunidade. Talvez a pandemia tenha precipitado esse movimento”.

A Embaré tem duas fábricas: uma em Lagoa da Prata – onde estão as linhas de leite em pó – e outra em Santo Antônio do Monte. Os dois são municípios mineiros. São 1,6 mil funcionários no total.

Em seu rol de produtos estão leite em pó, leite longa vida, queijos, creme de leite, bebidas lácteas, leite condensado doces. “Somos a sexta companhia no mercado lácteo brasileiro em volume de leite comercializado e a terceira em volume de leite em pó”, diz Antunes.

A empresa – cujos sócios são as famílias Antunes e Schmidt – tem capacidade de captar até 2,4 milhões de litros de leite por dia. Se o Cade aprovar o negócio com a Quatrilati, essa capacidade subirá para 2,8 milhões de litros.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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